A criação do parque ambiental visa fomentar o desenvolvimento histórico do estado.
Na sexta-feira (10) os moradores de um dos povoados mais antigos do Baixo Munin do Maranhão estiveram juntamente com as autoridades federais e municipais para traçar a futura criação de um Parque Ambiental no entorno do antigo Engenho dos Jesuítas.
O projeto foi um pedido da Associação de Moradores em conjunto com as autoridades que viram uma oportunidade de gerar benefícios com a criação do parque. O local se encontra preservado, com plantas nativas e espécies raras trazidas por padres jesuítas como andirobeiras, cacauzeiros, juçarais. Sendo assim, um ambiente adequado pelos vestígios arqueológicos.
Além das atividades de lazer como trilhas, camping, passeios de bicicleta, turismo de observação dos pássaros, a área poderá ser um Centro de Pesquisas, com interesse para Arqueologia, História e Ciências Ambientais, dado a fauna e flora preservadas.
A UFMA foi representada pela historiadora e docente do Departamento de História, Antônia Mota, que juntamente com bolsistas e colaboradores, tem disponibilizado a documentação dos séculos XVII e XVIII que comprova as fases que passou o povoado: comunidade indígena, aldeamento jesuítico e, após a expulsão da ordem religiosa, fazendas dos colonizadores europeus. Na última fase, foram apresentadas as populações de origem africana para trabalhar nas lavouras para o abastecimento interno e de gêneros para exportação. O que explica o seu reconhecimento como Área Quilombola, já certificada pela Fundação Palmares e em processo de regularização fundiária pelo Instituto de Colonização e Terras (Iterma).
Para a historiadora e docente da UFMA, Antônia Mota e de suma importância apoiar a criação do parque para o crescimento e desenvolvimento de histórias passadas. “As estruturas do antigo Engenho ainda se encontram de pé, agora tombadas como sitio arqueológico pelo IPHAN. A fazenda e Engenho de Munim-Mirim pertenceu aos Jesuitas, nos séculos XVII e XVIII, por isso a importância da criação" reforça Antônia.
Informação: UFMA
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