Empresas industriais brasileiras têm reconhecido e destinado espaço para lideranças femininas
SÃO LUÍS - Nas últimas décadas, as empresas industriais brasileiras têm reconhecido a necessidade de espaços e aberto caminhos para que as mulheres cresçam em vários segmentos corporativos. Com o objetivo de trazer essas experiências, e as diferentes formas de incentivar essas lideranças, a Expo Indústria 2023 teve como um dos principais temas do primeiro dia no Expo Summit o painel "A Liderança Feminina na Indústria", que contou com as palestrantes Sílvia Nascimento, CEO da AVB - Aço Verde Brasil, Raquel Rojo, diretora da LLucena Infraestrutura e Nayhara Miranda, diretora da Metalpar.
O aumento da participação feminina na composição dos quadros de trabalhadores das grandes e médias corporações, tanto nas linhas de produção, quanto em cargos gerenciais e de chefia, tem se evidenciado ao ponto de lideranças femininas do Brasil e do mundo estarem deixando a sua marca neste novo momento.
De acordo com Sílvia Nascimento, isso foi possível pela forma e visão das próprias empresas. "Hoje as empresas enxergam e valorizam o olhar feminino, a perspectiva feminina no ambiente de trabalho. As empresas têm aberto espaços para as mulheres em gerências e diretorias para ter essa perspectiva e sensibilidade que tem sido valorizada nas corporações", constatou.
Dados do Observatório Nacional da Indústria, da CNI, mostram que, entre 2008 e 2021, houve um aumento da participação das mulheres em cargos de gestão no setor, passando de 24% para 31,8%. Um aumento considerável, considerando que somente há um pouco mais de uma década o mundo corporativo industrial, por exemplo, ainda era dominado pela presença masculina em cargos de liderança.Ainda que os avanços se evidenciem, muito há, ainda a ser conquistado. É o que acha a engenheira Raquel Rojo, diretora da LLucena Infraestrutura, "as mulheres precisam ser mais perseverantes e corajosas. Que o mercado está mais aberto, está, mas ainda precisamos buscar espaço, opina a engenheira, que relata o desafio enfrentado por ela ao decidir vir morar e trabalhar no Maranhão. 'Vim para o Maranhão para trabalhar somente seis meses, enfrentei dificuldades, mas já estou há 12 anos nesse estado, que eu adoro, essa terra linda", declarou.
Os desafios transcendem os espaços de trabalho, estendendo-se à capacidade imbatível que as mulheres têm de conciliar o trabalho com a atenção à família.
Nayhara Miranda foi além. "Não só consegui conciliar o ambiente familiar, como me estabeleci em dois segmentos: a agroindústria e a metalúrgica" conta Nayhara com orgulho e, admite, o trabalho remoto foi um grande aliado para tais conquistas. "Tem trazido uma agilidade enorme para nós, as reuniões se tornaram extremamente eficientes e nós estamos conseguindo conciliar melhor a convivência com a família", afirmou.
Considerando esse cenário, as empresas que optaram pelas estratégias de equiparação de gênero são também as que relatam maior porcentagem de mulheres em posições executivas, já apresentam resultados acima da média em crescimento financeiro e inovação.
A Expo Indústria Maranhão 2023 acontece entre 9 e 12 de novembro, no Multicenter Negócios e Eventos e tem realização do Sistema FIEMA (SESI, SENAI e IEL) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com correalização do Governo do Estado e do Sebrae. Para saber mais sobre a programação e se inscrever, acesse o site www.expoindustriama.com.br.
A feira tem o patrocínio de Aço Verde do Brasil (AVB), Apex Brasil, Agência Espacial Brasileira (AEB), Alumar, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Bumba Alimentos, Caixa, Cimento Bravo, Da Casa, Massa e forno, Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap)/ Porto do Itaqui, Eneva, Grupo Equatorial Energia, Equatorial Telecom, Enova, Echoenergia, Sistema Fecomércio, Prefeitura de São Luís, Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), Suzano e Vale.
Informação: Fiema
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