quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Tem um trechinho de um desenho animado do Pernalonga que ele fala a um forasteiro: “não gostamos de forasteiro, forasteiro” e NÃO HÁ nada melhor para ilustrar as novas decisões tomadas recentemente pela Prefeitura de Veneza, na Itália (pelo menos escrevi esse texto vendo a cena do desenho).

A bem da verdade, não é que os venezianos não gostem de forasteiros, mas devemos compreender que excesso de forasteiros é ruim em qualquer lugar. E aqui, entendam forasteiros como turistas, obviamente. O termo "excesso" é autoexplicativo, "tudo que é demais, é sobra", já dizia minha vó. O overturismo é um fenômeno não tão atual, mas que agora ganha proporções assustadoras causando o que a gente chamava antes de forma bem teórica de "impactos negativos do turismo". Por ser uma cidade milenar e repleta de obras de arte por todo lugar é perfeitamente compreensível que atitudes que restrinjam a quantidade de visitantes sejam tomadas. As imagens de muitos destinos clássicos abarrotados de gente, filas insuportáveis, atrativos que ficam insalubres choveram na internet neste janeiro. Um horror de se ver. É aquela velha história, restringir para preservar, embora saibamos que ainda assim, não seja garantia de nada.

A medida ainda precisa ser aprovada pela câmara municipal para valer de verdade, mas já estão cobrando (desde ontem, 16/01) uma taxa de 5 euros para a entrada na cidade tentando limitar a quantidade de pessoas ao dia. 

O excesso de pessoas no mundo é a causa de tudo isso, antes de mais nada. Acho que devemos voltar umas casinhas no jogo e repensar o planeta e aí na mesma pegada, refletir e achar soluções para o overturismo. Para moradores é muito ruim, convenhamos (lembro lá no começo dos anos 2000 de moradores da Madre Deus, em São Luís reclamarem do excesso de barulho e sujeira depois dos ensaios de carnaval no bairro). E se não é bom para o morador, já sabem, né?


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