domingo, 4 de fevereiro de 2024
Anyone But You


“Feel the rain on your skin…”. Se você leu no ritmo da música, provavelmente já foi no cinema assistir “Anyone But You”, a comédia romântica do momento que está bombando no TikTok e lotando bilheterias.

• Lá em 2011, quando o gênero ainda estava em alta, o mesmo diretor conquistou uma legião de fãs com “Amizade Colorida” e “A Mentira”.

Agora, usando da mesma fórmula, Will Gluck resgata no novo filme todos os elementos gostosos e clichês das rom-coms dos anos 2000 — mas dá uma atualizada com as dinâmicas das relações atuais.

Na história, Bea e Ben tiveram um primeiro encontro avassalador, mas um mal-entendido criou uma inimizade entre os dois.

Algum tempo depois, por coincidência, eles estão indo para o mesmo casamento na Austrália. Mas, quando descobrem que seus respectivos ex-namorados também vão à cerimônia, Bea e Ben decidem fingir ser um casal.

• O enredo é uma adaptação da peça “Muito Barulho por Nada”, do Shakespeare, que tem como protagonistas Benedick e Beatrice.

Nas duas versões, os personagens parecem não gostar um do outro, mas a gente logo percebe que a antipatia, no fundo, só disfarça um sentimento que está gritando no coração.

Por que tanto hype? Ainda que os vídeos do tiktok realmente ajudem a impulsionar o filme, a verdade é que o motivo do sucesso de “Anyone But You” é simples: a gente ama uma boa comédia romântica.

Os filmes de ação sempre são recordes de bilheteria, mas quem é que não sonha em viver uma dessas cenas clichês cantando “Unwritten” ou imitando a Rose e o Jack em Titanic?

Tá, você provavelmente não vai encontrar uma paixão em um casamento na Austrália, mas sabe que esse frio na barriga de estar “no lugar certo e na hora certa” é quase universal.

Suspirando pela química da Sydney Sweeney e do Glen Powell no cinema — ou se inspirando por nossas histórias da vida real —, “tudo é amor. O que não é amor, é um pedido de amor”.

“Vocês não duram nem 2 meses”
(Baseado em uma história real)


Ninguém imaginaria que o primeiro beijo da Marcella com o amor da sua vida seria em uma festa de jogos universitários, com um dos meninos mais saidinhos da faculdade — e, ainda por cima, por iniciativa dela.

• A Marcella sempre foi reservada. Cresceu em Patos de Minas e, aos 18 anos, foi pra Belo Horizonte fazer faculdade.

O João — ou Moura, como é conhecido por quase todos — também era do interior, mas mudou pra cidade grande ainda na infância, e logo se tornou um dos mais populares do ensino médio.

Em 2015, já na faculdade, os dois se encontraram em uma calourada. Ele tinha acabado de sair de um relacionamento, e ela estava enfrentando seu primeiro ano longe de casa.

Trocaram olhares, Instagram e algumas brincadeiras, mas ficou só nisso. Aos poucos, foram se aproximando na faculdade, mas não tinham literalmente nada a ver um com o outro.

• Até que um dia, o João estava na mesinha da Atlética — fazia parte de todos os grupos e projetos possíveis — e avistou de longe, do outro lado do hall, a Marcella.

Ela estava perto do banheiro, bem cabisbaixa, aparentemente tinha acabado de chorar. Ele não sabia o que tinha acontecido, mas sentiu um “clique” de ver o quanto a Marcella era especial.

A partir daquele momento, começou suas investidas — completamente sem sucesso. Com a Marcella, sua credibilidade era zero: "ele fala essas coisas pra todas".

O João foi ficando mais maduro, parou de avacalhar na noite e assumiu responsabilidades mais sérias. Sempre que tentava uma nova investida na Marcella, pensava “agora vai”. Mas não ia nunca.

• Nada era suficiente, mas foi em uma viagem — também da faculdade — que o João viu a oportunidade perfeita.

Depois de um conselho de uma amiga, foi tentar falar com ela. Gaguejando, teve a sua fala interrompida pela própria Marcella, que o calou com um beijo roubado.

pedido de namoro veio algum tempo depois, de manhã cedinho, enquanto ela cortava uma melancia antes deles viajarem para o Réveillon.

Vendo aquela cena cotidiana com a mulher mais linda que já havia conhecido, o João apenas proferiu sem nenhuma hesitação: “Quer namorar comigo?”. Depois de um “é sério?”, veio a confirmação.

• Na época, um amigo dos dois até falou diretamente com eles: “vocês não duram nem 2 meses".

Mas estão durando e aprendendo há 6 anos. Com o João, a Marcella passou a viver a vida de forma mais leve e a ser mais compreensiva. Com a Marcella, o João passou a levar a vida mais a sério e a ser mais disciplinado.

No meio disso, a paixão dos dois nunca sumiu. O João, inclusive, adora representar essa chama com os versos do Marcelo Camelo, que diz que “até quem me vê, lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei”.

Ele sabia que estava na hora de levar o relacionamento para um segundo degrau, e pensou no lugar perfeito pra isso: um chalé no meio do mato, só os dois, sem pressa, e com muito amor.

Depois de muito Aperol e algumas perguntas profundas do baralho “Isso Não É Um Jogo” — feito pra conectar as pessoas —, a Marcella tirou uma carta com a letra do João e um pedido.

• O “quer casar comigo?” veio também acompanhado de um “é sério?”, assim como o pedido de namoro.

A emoção era tanta que colocar o anel no dedo passou batido. Eles só queriam eternizar o momento naquele abraço que durou vários minutos — e, para eles, poderia durar uma eternidade.

Depois disso, chegou a hora de juntar as cartas do jogo e ver o que o “quebra-cabeça” deles formava. Não poderia casar melhor com o momento: "Tudo é amor. O que não é amor, é um pedido de amor".

Informações e imagens: The stories/Reprodução 

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