Os dados são da PNAD-Contínua e indicam índice menor do que o registrado no Brasil
SÃO LUÍS – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua) referente ao 4º trimestre de 2023, com destaque para a Taxa de Desocupação que, no estado do Maranhão, ficou em 7,1%. O percentual equivale a cerca de 205 mil pessoas, com 14 ou mais anos de idade, que compõem a força de trabalho. O índice é menor do que o registrado para o Brasil (7,4%). Além desse total, 219 mil pessoas são subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas.
Na comparação com o 3º trimestre, houve um aumento na taxa de desocupação, que passou de 6,7% para 7,1%, movimento contrário ao que se registrou no Brasil como um todo (variação de -0,3%). Chama atenção, contudo, que o Brasil manteve uma trajetória descendente da taxa de desocupação desde o 1º trimestre/2023. O Maranhão, entretanto, que registrou queda entre o 1º e 3º trimestre, experimentou aumento do desemprego (+0,4%) no último período. No ano, a taxa média de desemprego no Maranhão ficou em 7,9%, contra 11,0% da nordestina.
Na comparação com o 4º trimestre de 2022, são 31 mil desempregados a menos, ou seja, queda de -13,2%. O acréscimo na taxa de desocupação no 4º trimestre representou, por sua vez, uma redução no quantitativo de pessoas ocupadas, que passou de 2,674 milhões pessoas para 2,662 milhões.
As atividades de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas ocuparam o maior percentual de pessoas (23,1%), seguindo-se a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 22,1%. As atividades industriais (incluindo a construção) ficaram em terceiro lugar, com 14,5% de todas as ocupações. Na comparação com o trimestre anterior, o setor da construção se destacou com uma criação de cerca de 34 mil novos postos de trabalho.
A Taxa de Informalidade da força de trabalho ocupada, que vinha caindo ao longo dos anos 2021 e 2022, voltou a crescer em 2023 e, neste 4º trimestre, chega à marca de 57,8%. No Brasil, a informalidade ficou em 39,1%, mesmo nível do trimestre anterior.
“O estado do Maranhão, dentre as 27 UFs, registrou a segunda maior taxa de desalentados no 4º trimestre de 2023: 11,7%, atrás somente do Piauí (12,0%). A taxa de desalento do Brasil no referido trimestre foi de 3,1%”, comentou o economista José Henrique Braga Polary, coordenador de Ações Estratégicas da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
No Maranhão, o nível de rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos ficou em R$ 1.816,00, nesse 4º trimestre de 2023, praticamente o mesmo do trimestre anterior. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2022, houve um ganho de 2,0% contra 3,1% de ganho no total do Brasil.
Informação: Fiema
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