sexta-feira, 6 de setembro de 2024

(Imagem: Mikuryian)


O governo bem que tentou… Três anos não foram suficientes para que uma campanha permitindo o trabalho de 4 dias por semana caísse no gosto dos japoneses.

Mesmo com o governo incentivando a redução na jornada de trabalho com benefícios para empresas e funcionários, só 8% das empresas japonesas aderiram à ideia.

  • Já do lado dos trabalhadores, para se ter uma ideia, de 63 mil contratados da Panasonic Holdings que poderiam sextar na quinta-feira, só 150 deles toparam os horários mais curtos.

🎌 Estamos falando de outra cultura: Os japoneses têm uma relação muito forte com seus trabalhos e colegas de firma. Trabalhar o dia todo, fazer horas extras e priorizar a empresa são atitudes comuns entre eles.

Acontece que, na visão do governo, o “excesso de trabalho” está impactando diretamente a queda da taxa de natalidade do país, fazendo com que as pessoas tenham menos tempo para se relacionar, casar e ter filhos.

O motivo da preocupação: O Japão tem a população mais velha do mundo, com quase 1/3 de idosos. Ao mesmo tempo, a taxa de natalidade vem caindo e as mortes já ultrapassam os nascimentos há 15 anos.

Foi pensando no risco de “não conseguir funcionar como sociedade” que o governo japonês criou a hatarakikata kaikaku (inovar como trabalhamos) visando acabar com a karoshi (morte por excesso de trabalho).

Zoom out: A semana útil de 4 dias pode não ter pegado no Japão, mas vem ganhando cada vez mais adeptos em países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Islândia — até um teste feito no Brasil mostrou resultados positivos.

Informação: The News 

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