(Imagem: Mikuryian) |
O governo bem que tentou… Três anos não foram suficientes para que uma campanha permitindo o trabalho de 4 dias por semana caísse no gosto dos japoneses.
Mesmo com o governo incentivando a redução na jornada de trabalho com benefícios para empresas e funcionários, só 8% das empresas japonesas aderiram à ideia.
- Já do lado dos trabalhadores, para se ter uma ideia, de 63 mil contratados da Panasonic Holdings que poderiam sextar na quinta-feira, só 150 deles toparam os horários mais curtos.
🎌 Estamos falando de outra cultura: Os japoneses têm uma relação muito forte com seus trabalhos e colegas de firma. Trabalhar o dia todo, fazer horas extras e priorizar a empresa são atitudes comuns entre eles.
Acontece que, na visão do governo, o “excesso de trabalho” está impactando diretamente a queda da taxa de natalidade do país, fazendo com que as pessoas tenham menos tempo para se relacionar, casar e ter filhos.
O motivo da preocupação: O Japão tem a população mais velha do mundo, com quase 1/3 de idosos. Ao mesmo tempo, a taxa de natalidade vem caindo e as mortes já ultrapassam os nascimentos há 15 anos.
Foi pensando no risco de “não conseguir funcionar como sociedade” que o governo japonês criou a hatarakikata kaikaku (inovar como trabalhamos) visando acabar com a karoshi (morte por excesso de trabalho).
Zoom out: A semana útil de 4 dias pode não ter pegado no Japão, mas vem ganhando cada vez mais adeptos em países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Islândia — até um teste feito no Brasil mostrou resultados positivos.
Informação: The News
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