segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Ou a birra é em alto e “bom” som ou eles podem estar quietinhos até demais. Os extremos dos comportamentos das crianças nem sempre são “só uma fase”. Esses e outros sinais podem indicar que têm companhias para lá de indesejadas na rotina dos pequenos: a ansiedade e o estresse. O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) indicou que 35% de crianças e adolescentes desenvolveram quadros de ansiedade e depressão desde a pandemia da Covid-19.

Dores de cabeça ou de estômago, dificuldades para dormir, irritabilidade, choro frequente e mudanças no apetite também podem vir no pacote das crianças ansiosas, junto com as preocupações frequentes. Além disso, aqueles hábitos que já nem aconteciam mais podem voltar por causa do problema, como chupar o dedo ou fazer xixi na cama.

O psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, Jediael Abreu, explica que alguns comportamentos também acabam mudando. “Crianças ansiosas ou estressadas podem se tornar mais apegadas, evitar situações novas, se mostrar mais irritáveis, ter explosões emocionais ou parecer mais nervosas e inquietas. Podem, também, exibir comportamentos repetitivos, como roer unhas, mexer com os cabelos ou ranger os dentes”, alerta.

Algumas técnicas, porém, podem ajudar o seu pequeno a sair dessa situação e dar a volta por cima. E o primeiro passo pode ser respirando! “Ensinar a respiração profunda faz diferença, assim como promover o relaxamento muscular progressivo, criar uma rotina previsível para o dia a dia, incentivar atividades físicas e fornecer um espaço seguro para que a criança possa falar sobre seus sentimentos. Além disso, técnicas como visualização positiva e ‘brincadeiras de enfrentamento’ podem ajudar a criança a lidar com suas ansiedades”, destaca Jediael.

Mas se o estresse e a ansiedade já chegaram em um nível de atrapalhar demais a convivência, o sono e as atividades da criança por semanas seguidas… Hora de procurar ajuda profissional. “Também é importante buscar ajuda se a criança não responder bem às estratégias de enfrentamento e o comportamento se tornar extremo, como recusa constante em ir à escola ou comportamento agressivo”, finaliza o psicólogo.

Informação: Cores Comunicação 

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