Convidado do programa foi o vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), professor Leonardo Silva Soares
O vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), professor Leonardo Silva Soares, foi o entrevistado do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), na manhã desta segunda-feira (14).
Ele tratou sobre estudos e pesquisas realizados pela comunidade acadêmica, discutindo temas-chave relacionados ao saneamento básico e aos recursos hídricos do Maranhão, identificando oportunidades de parcerias interdisciplinares, com o propósito de desenvolver políticas e ações para melhorar a gestão da água no Estado.
Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, Leonardo Soares, que é professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA, informou ser necessário que os governos estadual e federal avancem nas estratégias de gestão dos recursos hídricos no Maranhão.
“Refiro-me à responsabilidade que o governo federal tem com as bacias federais que margeiam o Maranhão, pois elas são administradas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Já o Governo do Maranhão é responsável pelas bacias que estão em todo território do estado, como a Bacia do Rio Itapecuru”, assinalou.
Ele também disse que ocorreu um retrocesso na área da gestão dos recursos hídricos no país nos últimos anos, por causa de uma conjuntura governamental federal que não apoiava a governança comunitária, mas, com a mudança de governo, tentarão "restabelecer as forças", em suas palavras.
Desenvolvimento sustentável
Leonardo Soares reforçou a importância da UFMA como um ator estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população maranhense.
“A Universidade tem vários eixos de atuação dentro da política ambiental, como a formação de recursos humanos capacitados para serem absorvidos pelo Estado ou pelas empresas privadas, e a UFMA também gera pesquisas de qualidade que devem ser incorporadas nas políticas públicas”, explicou.
Na entrevista, Leonardo Soares disse, ainda, que o saneamento básico está imediatamente relacionado à saúde. Além de prevenir doenças de veiculação hídrica, como infecções gastrointestinais, amebíase, hepatite, entre outras, também evita a proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da febre amarela, dengue e zika.
“A utilização de água potável, por exemplo, é vista como o fornecimento de alimento seguro à população. O sistema de esgoto promove a interrupção da cadeia de contaminação humana. Já a melhoria da gestão dos resíduos sólidos (lixo), reduz o impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores de doenças”, frisou o professor.
Ele acrescentou que o saneamento básico tem total relação com o quadro de saúde da sociedade. Isso porque é por meio dessa infraestrutura que a água de qualidade chega até as casas e possibilita que as pessoas a consumam de maneira limpa. “A água é essencial para o bom funcionamento do organismo humano”, ressaltou o professor.
Informação: Assembleia Legislativa
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