quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Evento debateu avanços na construção civil e políticas públicas com foco em habitação e sustentabilidade

BRASÍLIA– O 99º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado na terça-feira (26), no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, reuniu líderes empresariais, autoridades políticas e especialistas do setor para discutir temas centrais como inovação, sustentabilidade e políticas habitacionais. Entre os participantes, destacaram-se o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez, e o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (SINDUSCON-MA) e vice-presidente executivo da Federação, Fábio Nahuz, e o presidente do Sindicato das Indústrias de Construção de Estradas Terraplenagem e Obras de Engenharia em Geral da Região Tocantina  (SINDUSCON OESTE), Richard Seba.

O evento foi aberto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e contou com a presença de figuras como o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Santos Mello.

Na programação, o debate de temas como o cenário econômico nacional e seus impactos sobre o setor, a regulamentação da reforma tributária, as oportunidades e desafios da Industrialização da construção e como as entidades e o poder público podem atuar conjuntamente para fomentar o desenvolvimento econômico, tendo o setor como alavanca de geração intensiva de empregos e renda. O 99º ENIC também trouxe informações inéditos sobre desafios e oportunidades na reocupação de centros urbanos degradados e o perfil do trabalhador do setor.

Para Fábio Nahuz o setor da Construção civil tem papel fundamental na economia do país. “O nosso setor tem 96 cadeias envolvidas no seu entorno. Mais de 1.500 empresários estiveram presentes no ENIC. Isso mostra a força e empenho que temos para formação de emprego e desenvolvimento do Brasil. Acredito que estamos terminando 2024, com êxito”, declarou.

Richard Seba destacou as obras do programa Minha Casa Minha Vida em Imperatriz (MA), com a entrega prevista de três mil unidades habitacionais, além de novos projetos para infraestrutura urbana. Ele também elogiou a iniciativa federal de ampliar o acesso a banheiros nas regiões Norte e Nordeste. "Nossa participação no evento reafirma o comprometimento com o desenvolvimento do setor e do Maranhão", declarou.

MINHA CASA MINHA VIDA - Durante o evento, o presidente Lula ressaltou a expansão do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que agora atenderá famílias de classe média com rendas de até R$ 8 mil.

"É justo que pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos também tenham acesso a programas habitacionais. Precisamos incluir quem ganha R$ 8 mil, R$ 9 mil ou R$ 10 mil", disse Lula.

O ministro Jader Filho apresentou resultados do programa, com a contratação de 600 mil unidades habitacionais, e destacou a parceria com empreendedores como vetor de crescimento econômico e geração de empregos. 

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, traçou um panorama, lembrando que de 2003 a 2023 o Brasil saltou de R$ 2,3 bilhões no mercado imobiliário para R$ 260 bilhões até o ano passado. 

O FUTURO DA HABITAÇÃO E DA CONSTRUÇÃO CIVIL- A aposta na ocupação de centros urbanos degradados como um novo caminho de política habitacional para o país foi apresentada durante um dos painéis do 99º ENIC. De acordo com Renato Correia, presidente da CBIC, esse é um dos temas prioritários que devem ser debatidos dentro do setor da construção nos próximos anos para gerar novas oportunidades de negócio.  A entidade, que criou um projeto para discutir o tema e disseminar boas práticas, divulgou e-book inédito compilando experiências bem-sucedidas e apontando soluções que podem levar a avanços mais rápidos em todo o país.

Na cerimônia o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, recebeu um exemplar físico, das mãos de José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, responsável pelo projeto. “Ele é voltado principalmente para pequenas e médias empresas. Além da revitalização, é preciso pensar em todo um ecossistema que funciona junto com as cidades, como uso da cultura, lazer, educação como impulsionador de todo um movimento local”. disse José Carlos.

NÚMEROS DO SETOR – A construção civil deve encerrar 2024 com indicadores positivos. Segundo dados apresentados no evento, cada R$ 1 milhão investido na área gerou 13,8 novos empregos, impulsionando a economia regional e fortalecendo a cadeia produtiva.

Sob o tema "Unindo Forças para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil", o 99º ENIC, promovido pela CBIC, consolidou-se como um espaço de diálogo e inovação para o setor, reafirmando a importância estratégica da construção civil no cenário nacional.

Informação: Fiema 

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