Controle emocional pode ser decisivo durante a prova do Enem
Com 211.383 inscrições confirmadas, o Maranhão está entre os dez estados com maior participação no Enem 2025, segundo o Inep. Só da rede pública estadual são 59.926 estudantes concluintes, o que representa 75,55% de adesão. Em todo o Brasil, o número de inscritos passou dos 4,8 milhões, um aumento de 38% em relação a 2022. Ou seja: vai ter muita gente precisando manter a calma e respirar fundo nos dias 9 e 16 de novembro.
O estudante Davi Carmo, de 18 anos, é um dos que tenta se manter de pé no olho desse furacão chamado Enem. Aluno do Colégio e Pré-Vestibular Audaz, ele vive aquela reta final que parece não ter fim: simulados, revisões, café, ansiedade, e claro, a clássica dúvida: “E se eu não passar?”
Mas Davi tem um plano. “Saber trabalhar a ansiedade é fundamental. Tenho focado em técnicas como boa respiração, começar pelas questões mais fáceis e confiar no que estudei durante o ano”, conta o estudante, que faz o Enem desde o 9º ano como treineiro e agora quer garantir sua vaga em Direito.
A receita dele vai além dos livros: praia, cinema, sono em dia e comida leve. “Ir à praia ou ao cinema com amigos e família pode ser mais benéfico do que estudar de forma intensa. O preparo mental e físico pode fazer a diferença na aprovação”, diz ele, com convicção de quem aprendeu que saúde emocional também vale ponto.
Cuidar da mente faz parte do preparo
E não é papo de autoajuda. Segundo a coach de estudos Carol Germano, também do Audaz, o que mais provoca ansiedade nos alunos é o medo do futuro e da própria prova, que acontece só uma vez por ano e carrega o peso de “decidir o destino”.
“O aluno tem uma preparação muito maçante e acaba ficando com medo de não passar, medo de ter que esperar mais um ano. Então, o que mais causa ansiedade é o medo do futuro e da prova”, explica Carol.
Ela garante que atividades leves — tipo caminhada, cinema, praia, igreja ou até pintura e canto — são remédios contra o estresse. “Essas atividades ajudam a liberar endorfina, serotonina e dopamina, os hormônios do bem-estar”, destaca.
Ainda segundo Carol, a alimentação equilibrada e o descanso adequado são fatores determinantes para o bom desempenho. Alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples devem ser evitados, pois causam sonolência e queda de energia.
“O ideal é optar por lanches ricos em proteínas e fibras, como sanduíches naturais com frango, frutas como laranja, morango, uva e kiwi, e bebidas proteicas. Esses alimentos ajudam a manter a glicemia estável e fornecem nutrientes antioxidantes, que limpam o cérebro dos radicais livres liberados pelo estresse”, ressalta.
Dormir bem na véspera da prova, manter uma rotina leve e confiar no preparo são atitudes que, segundo a coach, fazem toda a diferença. “O segredo é chegar tranquilo, acreditar em si mesmo e entender que o Enem é uma etapa importante, mas não define todo o futuro do aluno”, conclui Carol Germano.
Na hora da prova
Durante a prova, Carol recomenda técnicas simples:
- Respire fundo e solte o ar devagar.
- Use o lápis para acompanhar a leitura e evitar distrações.
- Se o barulho incomodar, toque objetos de diferentes texturas — a caneta, a roupa, a cadeira. Isso ajuda a manter o foco.
- E se bater o pânico, escolha um ponto fixo, tipo a porta ou a parede, e descreva mentalmente o que está vendo. Parece bobo, mas funciona!



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