“Eu já treino há 13 anos e há mais ou menos dez anos sei a diferença que faz tomar água bem certinho. Virou um hábito indispensável pra mim”, conta a enfermeira Lisandra Barbosa, 34, que revela estar sempre com uma garrafinha por perto. A baixa ingestão é um fator de risco e alerta para a saúde dos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 10 milhões de brasileiros vivem com algum grau de Doença Renal Crônica (DRC), e 150 mil já dependem de hemodiálise. E você? Já tomou água hoje ou só bebe quando a sede aumenta muito?
A água é, de fato, a grande aliada dos rins, atuando como um sistema de limpeza essencial para o corpo. Os rins têm a função super importante de filtrar o sangue, removendo resíduos e excesso de líquidos que se transformam em urina. E quando você bebe água suficiente, facilita muito esse trabalho no organismo.
Para Lisandra, além de nunca ter sentido algum problema renal, que ela também associa a uma boa ingestão de água, o líquido trouxe diversos outros benefícios. “Se eu ficar muito tempo sem beber água, o que acontecia antes da hidratação virar um hábito, com certeza logo fico me sentindo inchada e retida. Pelo fato de sempre estar consumindo, sinto que até a minha pele parece mais saudável, bonita; as roupas não apertam e acho que também acaba influenciando na minha imunidade, só benefícios”, afirma a praticante de musculação.
Mas existe uma quantidade exata para o consumo? Segundo a nefrologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Izabela Silva, existe uma recomendação que precisa ser feita ao longo do dia. “Sempre converso e oriento os pacientes, especialmente os que têm cálculos renais, para ingerir 30ml/kg ao dia, que conseguimos estimar pelo exame de urina 24h. É possível adequar essa quantidade de água de acordo com a quantidade de urina que é excretada ao longo das 24 horas do exame. No entanto, esse volume de água precisa ser distribuído ao longo do dia, ou seja, não adianta tomar muita água pela manhã e esquecer depois”, explica a especialista.
E se a água é aliada, quem será o vilão dos rins? A médica recomenda que os refrigerantes sejam evitados. “Esses líquidos são hipercalóricos e isso faz com que haja a reabsorção e precipitação de cálcio nos rins, formando os cálculos”, ressalta. Então, o foco, de acordo com Izabela, é mesmo na água, que age diluindo também outras substâncias que precisam ser eliminadas, como a ureia e o ácido úrico. Se bebemos pouca água, esses resíduos ficam mais concentrados na urina, o que força os rins a trabalharem mais e aumenta o risco de formação de pedras.
Informação: Cores Comunicação

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