quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Abuso de animais

Um estudo científico da Universidade de Oxford revelou que três em cada quatro atrações de vida silvestre envolvem alguma forma de abuso de animais ou violam a conservação de espécies. A pesquisa, publicada em um relatório da World Animal Protection, detalha os dez tipos de atrações turísticas mais cruéis aos animais silvestres. Confira a seguir:

1 - Passeios em elefantes


Para tornar elefantes submissos o bastante para serem montados por turistas, eles são levados de suas mães quando filhotes e forçados a passar por um horrível processo de treinamento conhecido como 'a quebra'. Isso geralmente envolve mantê-los em uma jaula pequena ou prendê-los com cordas ou correntes para que só possam se mover mediante comandos. A dor intensa é muitas vezes infligida com ganchos pontudos de metal ou ripas de madeira para rapidamente estabelecer a dominância.

2 - Fotos e selfies com tigres


Filhotes de tigre são separados de suas mães em suas primeiras semanas de vida para que possam ser usados como adereços em fotos. Eles são manuseados e abraçados por turistas e normalmente mantidos acorrentados ou em pequenas jaulas com piso de concreto. Na Tailândia, foram encontrados 10 locais que acomodam cerca de 614 tigres. Embora o país seja um centro de turismo cruel com tigres, a prática também é comum em outras partes da Ásia, da Austrália, do México e da Argentina.

3 - Passeios com leões


Filhotes de leão são criados e levados de suas mães quando têm um mês de idade para suprir a crescente indústria do turismo com leão, a maioria no sul da África. Os turistas mexem nos filhotes e posam com eles para fotos. Também são orientados a bater nos filhotes se esses exibirem comportamento agressivo. Quando os filhotes estão grandes demais para os turistas segurarem e abraçarem, alguns são usados para uma experiência turística relativamente nova: o passeio com leões.

4 - Visitas a parques de ursos


Os ursos são mantidos em ‘poços’ estéreis com o mínimo - se houver - de enriquecimento comportamental. Esses poços são extremamente superlotados. Os ursos são especialmente solitários na natureza; assim, a superlotação também pode levar a lutas internas e desagradáveis lesões. O estresse associado a essas condições de cativeiro pode aumentar a suscetibilidade dos animais silvestres a doenças causadas por infecções bacteriana. Às vezes, os ursos são também forçosamente fantasiados como palhaços e realizam truques de circo, como andar de bicicleta ou balançar em uma esfera.

5 - Manuseios de tartarugas marinhas


A última fazenda de tartarugas marinhas restante no mundo, que ainda atua como uma atração turística, está nas Ilhas Cayman. Lá, os turistas podem segurar tartarugas e até mesmo comê-las durante a visita. Segurar uma tartaruga marinha faz com que ela sofra uma grande quantidade de estresse, o que pode enfraquecer seu sistema imunológico e aumentar a sua suscetibilidade a doenças. Quase 1.300 tartarugas foram recentemente mortas na fazenda após um surto de infecções de Clostridium.

6 - Apresentações de golfinhos


Milhões de turistas visitam tanques de golfinhos, mas eles não têm conhecimento da crueldade e abusos que essse animais suportam ao se apresentarem. Os EUA são um dos vários países que proíbem que golfinhos sejam capturados em seu hábitat natural e levados para esses tanques. Os golfinhos são muitas vezes perseguidos por barcos de alta velocidade antes de serem puxados a bordo ou capturados em redes. Para muitos, o estresse é tão grande que morrem quando são transportados.

7 - Macacos dançarinos


Há abuso sistemático de 290 macacos alojados em locais com apresentações na Tailândia. Jovens são treinados de forma agressiva e dolorosa, para fazê-los andar, comportar-se e parecer mais humanos. São fantasiados como gueixas e forçados a dançar e executar truques. Quando não estão se apresentando, os macacos são mantidos acorrentados em pequenas jaulas ou ao ar livre, com correntes curtas. Conforme cresce, a corrente pode incorporar-se à pele, levando a infecções e doenças.

8 - Passeios em plantações de café civeta


Uma única xícara de café civeta ou Kopi Luwak chega a custar US$ 10.027. As civetas adoram comer as sementes do café, e o café Kopi Luwak é feito a partir dos grãos contidos dentro das sementes que as civetas excretam. Quando os grãos das civetas são coletados em seus hábitats naturais, não há crueldade envolvida. Mas, em uma tentativa de produzir mais café civeta, os agricultores começaram a apanhar as civetas e mantê-las em gaiolas pequenas e lotadas. As civetas engaioladas são incentivadas a devorar uma dieta desequilibrada de sementes de café. O cativeiro antinatural e a alimentação forçada resultam em lesões, doenças e má nutrição. Muitos mostram sinais de grande tensão, incluindo andar de um lado para o outro de maneira compulsiva e a automutilação. Existe agora uma crescente indústria do turismo de plantação de café civeta na Indonésia.

9 - Encantar serpentes e beijar cobras


Encantamento de serpente tem sido uma atividade de entretenimento de rua por centenas de anos, e a última novidade nesta área é beijar cobras, na Tailândia. Cobras são usadas para apresentações mesmo sendo venenosas e com mordidas que podem ser fatais para os seres humanos. Elas são normalmente capturadas na natureza, então são debilitadas com alicate de metal, e seus dutos de veneno são bloqueados ou removidos, o que resulta em infecções dolorosas que podem matá-las.

10 - Fazendas de crocodilos


As fazendas de crocodilos envolvem um número grande de crocodilos mantidos em cativeiro e criados de forma intensa - principalmente para abastecer a indústria da moda com suas peles, mas também por sua carne. Essas fazendas também são agora uma experiência bastante comum de turismo com animais silvestres. As pessoas vêm para ver os crocodilos e comê-los em restaurantes locais. As condições nas fazendas costumam ser tão terríveis que podem matar os crocodilos.

Informação: Estadão 

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