segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Deveríamos trabalhar seis horas diárias. As seis horas seguintes seriam pra resolver problemas domésticos e pessoais como pagar contas, ir ao médico, ao dentista, ao mercado, ao cabeleireiro ou ao barbeiro, comprar um presente, ir à uma audiência, resolver algo pra mãe, arrumar a casa, as gavetas, lavar roupa, trocar a água do aquário, passar horas no telefone com algum call center, enfim, resolver a vida.

As seis horas que viriam depois de resolver a vida seriam suas, só suas! No máximo suas e de uma ou várias companhias (namorado (a), marido/mulher, amante, amigo (a) e quem mais você achar que merece).

Nessas frutíferas horas você iria ao cinema, ao shopping, ao museu, ia sentar numa praça e ler um livro, iria cuidar de um jardim, iria a uma feira de artesanato ou quem sabe a uma boa galeria de arte, tomar um bom café trocando ideias com alguém bacana. Poderia sentar na frente da TV e ver futilidades ou coisas interessantes. Ia poder ler seus e-mails com calma, escutar música, iria cantar e cantar e namorar e fazer sexo e iria ser muito feliz.

Todo ser humano precisa resolver a vida e precisa de tempo para si. As pessoas anseiam ser felizes. Precisam sorrir. Precisam descansar para poder ter forças pra trabalhar. Necessitam cuidar dos filhos, das plantas e do espírito.

Todo mundo sabe disso. Estamos na era da informação. 

Então por que as empresas ainda acreditam que oito horas de trabalho são essenciais, se você efetivamente trabalha entre cinco e seis horas ao dia e as horas faltantes para completar as oito formais, você está no msn falando baboseiras, desconcentrado ou torcendo pra acabar o expediente?

Ficar informado, saber das coisas, manter-se inteligente, ter raciocínio lógico depende do que você faz com suas horas livres.

As coisas que você se dedica nas horas de ócio, influenciam diretamente no seu “modus vivendi”. Porque do contrário, você emburrece, desaprende e deixa passar.

É claro que as seis horas seguintes seriam pra dormir, afinal, ninguém é de ferro e dormir alimenta, descansa, revigora e te deixa de bom humor.

Texto Originalmente publicado na Edição N° 84 abril 2011 do Jornal Cazumbá
Foto ilustrativa/Internet

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