quinta-feira, 23 de abril de 2020

Os cuidados para que os profissionais de saúde não sejam contaminados pelo novo coronavírus (Covid-19) estão sendo cada vez mais intensos e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não tem medido esforços para manter seu quadro de profissionais protegido. Um bom exemplo é o que tem sido feito no Hospital de Cuidados Intensivos (HCI) onde médicos, enfermeiros e técnicos começaram a utilizar caixas acrílicas durante o procedimento de intubação. A ferramenta garante maior segurança dos profissionais de saúde durante a realização do procedimento. 

“O número de profissionais contaminados pelo coronavírus tem crescido, e essa é uma realidade em todo o Brasil. Por isso, temos redobrado todos os cuidados e procurado seguir à risca os protocolos de segurança para que tenhamos mais pessoas curadas e menos adoecidos, em especial se forem de indivíduos que integram nossas equipes”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

De acordo com o protocolo adotado pelo Ministério da Saúde, nos casos de complicações da Covid-19, em que o paciente fica com insuficiência respiratória aguda, são adotados alguns procedimentos iniciais de oxigenoterapia suplementar, entre os quais o implante de cateter de oxigênio para aumentar a saturação no sangue. Caso ainda haja desconforto respiratório grave, mesmo com a oxigenoterapia, o protocolo adotado será a intubação do paciente.

O uso de caixas acrílicas durante o procedimento de intubação garante ao profissional de saúde que ele não tenha contato com gotículas (aerossóis) contaminadas que porventura possam ser expelidas durante o momento. A ferramenta possui três aberturas, sendo duas para as mãos dos médicos e outra por onde os mecanismos de intubação são inseridos. 

Segundo o diretor do HCI, Ronny D’avelas, após decisão pela intubação, imediatamente é iniciado o protocolo específico e também acionados os profissionais que farão todo o procedimento. “A caixa acrílica protege toda a equipe, assim como também facilita a intubação. Ela resguarda de aerossóis expelidos, e por meio das aberturas para as mãos, conseguimos manusear o paciente e inserir os itens utilizados durante o procedimento”, explicou.  

Além da caixa acrílica, também é indispensável o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), tais como macacão impermeável, gorro, protetor facial, óculos, luvas cirúrgicas e máscaras do tipo N95 também estão sendo utilizados. Todo o material é fornecido pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). Depois que a equipe é paramentada com os EPIs necessários, o paciente é sedado, a caixa acrílica é posicionada acima do mesmo para que seja feita a oxigenação prévia durante a pré-intubação.

Até o momento, o HCI está com 41 internações, sendo 20 na enfermaria e mais 21 em UTI. A estrutura montada na unidade é exclusiva para tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 e que apresentarem sintomas graves da doença. Novos leitos estão sendo preparados para ampliar a capacidade de atendimento na unidade de saúde.

Parceria

Outras 10 caixas estão sendo produzidas pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). “Seguimos com a nossa parceria com a saúde contra a proliferação da pandemia no estado. Vamos continuar trabalhando para produzir também máscaras n95 e respiradores, assim como fizemos com as face shields”, destaca o superintendente de Inovação da Secti, Leandro Franco.

Informação: MA.gov 

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