quinta-feira, 2 de julho de 2020

Estão abertas a partir desta quarta-feira (1) as inscrições para o Prêmio CICV de Cobertura Humanitária, uma iniciativa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para dar voz às vítimas.

Em sua quarta edição em 2020, o prêmio busca reconhecer o trabalho de jornalistas e veículos de comunicação brasileiros que tenham se dedicado à cobertura de temas humanitários.

O objetivo é incentivar a produção de mais conteúdo jornalístico de qualidade voltado ao público brasileiro sobre esses assuntos.

Focado em temáticas humanitárias globais, a categoria CICV irá premiar produções jornalísticas que destaquem temas com foco nas vítimas, em contexto de conflitos armados e assistência humanitária (entrega de alimentos, de medicamentos, atenção à saúde, fornecimento de água potável).

São aptas a essa categoria temas como migração (exceto refúgio e apatridia), desaparecimentos em situação de conflitos armados, ataques a missões médicas e violência sexual em situação de conflitos armados.

Neste ano, a categoria também aceitará reportagens sobre impacto humanitário da pandemia de COVID-19, mesmo que o enfoque da cobertura seja totalmente nacional.

Além da tradicional categoria “CICV de Reportagens e Documentários”, neste ano há a categoria especial “ACNUR 70 anos”, que premiará produtos jornalísticos ou de caráter documental voltados exclusivamente a temas relacionados a refúgio e apatridia.

A categoria é oferecida pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), parceira do prêmio, que neste ano completa 70 anos.

“O jornalismo tem um papel fundamental na nossa sociedade e tem uma enorme responsabilidade de visibilizar de dar voz às pessoas, de aproximar diferentes realidades ao público”, afirma a chefe da Delegação do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Simone Casabianca-Aeschlimann.

“É essa cobertura que vai conectar um brasileiro à história de um iraquiano. Porque não se trata da distância geográfica e cultural entre Brasília e Bagdá. A cobertura humanitária diz respeito a história de pessoas contada para outras pessoas, não importa de onde elas são”, complementa a chefe da Delegação.

Caso a reportagem sobre impactos da COVID-19 faça um recorte do tema de refúgio e apatridia, deverá ser inscrita na categoria especial ACNUR 70 anos. Do contrário, ela concorrerá na categoria CICV de Reportagens e Documentários.

O primeiro colocado de cada categoria ganhará uma viagem com despesas pagas e agenda organizada para cobrir uma realidade humanitária onde o CICV ou o ACNUR tenham atuação.

Não havendo condições sanitárias de realizar a viagem no primeiro trimestre de 2021, o prêmio será revertido em dinheiro.

O segundo e o terceiro lugar da categoria CICV também receberão prêmios em dinheiro. Nesta quarta edição, poderão ser inscritas reportagens produzidas para meios impresso, televisão, rádio ou multimídia para ambas as categorias. O período de inscrição vai até 1° de setembro de 2020. Os finalistas serão anunciados em novembro de 2020.

A banca de jurados analisará de maneira isenta o material inscrito seguindo os seguintes parâmetros: qualidade técnica; pertinência da temática ou assunto; e abordagem qualificada. O período de inscrições começa em 1° de julho e termina em 1° de setembro de 2020. Para mais informações e regulamento, acesse a página do Prêmio.


Categoria Especial ACNUR 70 anos

Parceira desde a terceira edição como parte da banca de jurados, a agência das Nações Unidas oferece em caráter especial dentro do prêmio neste ano a categoria ACNUR 70 anos, alusiva ao aniversário da organização.

Na categoria, serão avaliadas reportagens humanitárias com foco nos temas de refúgio e apatridia. São encorajadas publicações de abrangência nacional que retratem o impacto do fluxo de refugiados nas comunidades de acolhida de forma inovadora e humana.

“Com os números de deslocamento forçado alcançando novos recordes a cada ano, é cada vez mais necessário que possamos dar voz às pessoas que foram forçadas a sair de suas casas por motivos de guerras, perseguições ou violações dos direitos humanos”, afirma o representante do ACNUR no Brasil, José Egas.

“O jornalismo é uma ferramenta valiosa para provocar reflexões sobre os efeitos e possíveis soluções para as crises humanitárias que assolam o mundo há anos ou mesmo décadas.”

O prêmio para o vencedor será uma viagem a alguma cidade brasileira no contexto de trabalho do ACNUR no âmbito da Operação Acolhida (Boa Vista ou Manaus), incluindo passagem aérea, hospedagem e diárias durante o período da visita.

Caso o ACNUR verifique que não há condições de segurança para realizar a viagem-prêmio até o dia 31 de março por causa da pandemia de COVID-19, a premiação será oferecida em dinheiro.


Informação: Nações Unidas 

0 comentários:

Postar um comentário