Por Euclides Moreira Neto
Professor Mestre em Comunicação Social e Investigador Cultural.
A capital maranhense completa 408 anos em plena Pandemia do novo Coronavírus 19, no dia 8 de setembro de 2020. E por estarmos neste momento de muitos cuidados, às comemorações deste ano vão acontece de forma muito diferente do que poderíamos imaginar antes desse período de restrições. Atualmente vivemos os efeitos de recomendações de protocolos de instituições ligadas à saúde, apesar do negacionismo de uns poucos gestores públicos mundiais, entre os quais o nosso Presidente.
Mas, independente das questões complexas relacionadas aos detentores do poder, a população ludovicense vive e convive com a ameaça de um vírus que fez a população local e de todo planeta rever seus atos relacionados à sociabilidade.Muitos paradigmas foram modificados abruptamente e com certeza, o mundo não será mais o mesmo após a passagem da ameaça de contaminação pelo vírus Covid 19.
Nesse contexto, nossa querida cidade de São Luís completa seus 408 anos de fundação. Sem as tradicionais festividades que deviam marcar esse aniversário, além disso, a municipalidade está sob a égide do período eleitoral, pois no próximo mês de novembro, a população local vai escolher seus novos dirigentes, entre os quais o novo gestor do executivo e os seus 31 vereadores, por isso as limitações recomendadas pelos Protocolos das autoridades de saúde vieram a calhar de forma super providencial para que não fossem feitos gastos com comemorações festivas.
Se por um lado esses protocolos foram vistos como aliados dos atuais gestores para não promover gastos, por outro lado a cidade ficou mais triste, sem os sorrisos e a alegria natural de sua gente, que indubitavelmente adora comemorar e reverenciar suas datas importantes, como o niver da cidade. Nossas praças, ruas, ladeiras e palcos que deveriam ter sido montados nos diversos cantos da cidade, este ano ficaram mudos, silenciados forçosamente, sem dar ao seu povo a alegria da sonoridade, o sabor da gastronomia e a diversidade das manifestações culturais que tanto encantam o povo que aqui vive ou nos visitam como apreciadores de nossa histórica cidade.
Neste ano, as gargalhadas e os sorrisos ficaram contidos, mas prontos para explodir como um bólido lúdico quando o medo for vencido pela ciência, por meio da descoberta de uma vacina eficaz e que dê ao nosso povo a segurança de que a ameaça do Coronavírus 19 está dominada. O nosso país perdeu até agora quase 150 mil vidas, deixando milhares de famílias enlutadas e desestruturando sonhos que estavam planejados e sendo construído com muita luta. Nossa torcida é para que nossa convivência comunitária se restabeleça plenamente o mais rápido possível e a normalidade retorne aos seios familiares, devolvendo a alegria e os sonhos colocados em quarentena.
A cidade de São Luís e o seu povo são símbolos de resistência, por isso a nossa ilha tem tantos codinomes conquistados ao longo do tempo pela sua gente e seus filhos ilustres, a exemplo de “Ilha do Amor”, “Atenas Brasileira, “Terra Timbira”, “Ilha Rebelde”, “Jamaica Brasileira”, entre tantos outros. O certo é que cada um desses cognomes surgiram em épocas diferentes e representam a garra e a pujança de um povo que continua com a força da resistência incrustada nas suas veias. Assim, com ou sem festividades comemorativas aos 408 anos de fundação da cidade de São Luís, encontrar novos rumos são atributos de sobrevivência para todo um povo. Pense nisso. Continuamos atravessando a pandemia do Coronavírus 19.
Fotos: Divulgação
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