SÃO LUÍS – No sábado, 26, ocorreu uma reunião no Palácio Cristo Rei entre o reitor Natalino Salgado; a pró-reitora de Extensão e Cultura (Proec), Zefinha Bentivi; a diretora de Cultura (DAC) da Proec, Li Chang Shuen; o superintendente de Infraestrutura (Sinfra), Wener Santos; o chefe do Memorial Cristo Rei, Carlos Cunha; a chefe de Gabinete da Sinfra, Maria de Lourdes Serejo; e o diretor de Engenharia da Sinfra, Geovane Bezerra; para debater sobre a retomada da reforma do Palácio Cristo Rei e a qualificação do local para torná-lo no museu da Universidade e para ser implantado, no Mirante do prédio, o Museu Gonçalves Dias, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secma).
O projeto de qualificação do Palácio para se tornar em um museu foi iniciado ainda na gestão anterior do reitor Natalino Salgado, quando o espaço foi fechado para dar início às obras. O encontro de sábado foi realizado justamente para discutir os detalhes estruturais e logísticos que faltam ainda ser concluídos para inaugurá-lo no menor tempo possível.
Segundo a coordenadora de Memórias e Exposição do DAC, Rosélis Barbosa Câmara, as obras foram conduzidas de acordo com as exigências técnicas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o projeto arquitetônico abrangeu a adaptação do primeiro andar para receber o Museu da UFMA, com a parte administrativa, sala do reitor, sala do reitor e auditório no primeiro andar e o Mirante destinado para o Museu Gonçalves Dias.
“Estamos agora na parte de mobiliário, estão faltando os módulos verticais para abrigar essas peças, que estão sendo feitas via parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. Tivemos uma reunião com a Secretaria ontem para retomarmos essa parceria, cujos contatos foram interrompidos por causa da pandemia, para sabermos o novo prazo para que possamos receber estes módulos e planejarmos quando realizaremos essa inauguração”, explanou a coordenadora.
Ela detalhou que foram feitos trabalhos de iluminação, climatização e reparos e adaptações estruturais de modo a atender às exigências do Iphan para a conservação de artefatos e documentos históricos. Também já está instalado um elevador de acessibilidade que vai do térreo ao Mirante, de modo a garantir a visitação de pessoas com deficiência.
Rosélis Câmara também contou que um trabalho anterior já havia sido feito com o arquivo histórico por meio recursos da Fapema, para organização, armazenamento adequado e até digitalização dos documentos. O Museu da UFMA também terá uma biblioteca em que se pretende disponibilizar o acervo para pesquisas, cujo acervo e espaço ainda deverá ser organizado por um profissional da biblioteconomia.
“O Palácio Cristo Rei é um local muito requisitado, eventos da Universidade ocorrem lá, vários setores demandam o auditório, pois a localização do prédio é boa. Na condição de museu, ações que dinamizem o espaço é tudo que a gente quer, com mais interação com a comunidade, pesquisa, lançamento de livros, noites de autógrafo. Temos um projeto que é usar o espaço, assim como Gentil Braga, para realizarmos exposições. Queremos que a comunidade acadêmica tenha o Cristo Rei como um local de atividades também”, complementou a coordenadora de Memórias e Exposição do DAC.
A pró-reitora Zefinha Bentivi destacou a importância do Museu da UFMA também em função da carência de conservação da memória da Instituição, por não haver ainda uma política de condição, recuperação e manutenção da história da Universidade, em suas palavras. “Precisamos reconstruir memórias que estão perdidas. Para isso, precisamos agir com um projeto que envolva professores, alunos e técnicos, que provavelmente se chamará ‘Nossa Memória’. Estamos em construção dessa ação, vamos fazer um edital para selecionar docentes, discentes e técnicos.
Ela também enfatizou o esforço da Universidade para reabrir as portas do Palácio à comunidade maranhense. “Nosso reitor tem todo o interesse em inaugurar o mais breve possível. Estamos aguardando até mesmo que condições sanitárias permitam colocar o museu à disposição da sociedade para visitação”, finalizou.
Memorial Gonçalves Dias
O projeto do Memorial Gonçalves Dias, segundo Rosélis Câmara, foi um pedido da Secretaria de Estado da Cultura, que solicitou uma visita ao Palácio Cristo Rei e um espaço para abrigar obras, arquivos e artefatos do poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo maranhense. A intenção da Secma também é reunir obras espalhadas em vários museus e acervos particulares para alocar em um único espaço. O Palácio é um lugar estratégico para o propósito pela composição arquitetônica e por estar localizado justamente na Praça Gonçalves Dias, no Centro, em São Luís.
Podcast “Nossa Memória Fala”
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFMA também desenvolve um projeto em paralelo de produção de podcasts intitulados “Nossa Memória Fala”, em que serão contadas passagens da história do Palácio Cristo Rei e da Universidade Federal do Maranhão. O primeiro episódio, segundo a coordenadora de Memória e Exposição, já está pronto, porém detalhes estão em acerto para a divulgação da data de lançamento, no Spotify e em outras plataformas.
Informação: UFMA
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