quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Já são três meses consecutivos de elevação no volume de vendas no Maranhão 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (10) a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referente ao mês de julho/2020. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.

Comércio Varejista

No mês de julho de 2020, em comparação com o mês de junho de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas do comércio varejista no Brasil teve alta de 5,2%, depois de um avanço na ordem de 8,5%, em junho, e 13,3% no mês de maio. Sete das oito atividades econômicas investigadas tiveram alta, com destaque para: livros, jornais, revistas e papelaria (+26,1%), num ritmo menos acelerado no volume de vendas do que no mês anterior (+72,1%); tecidos, vestuário e calçados (+25,2%), em patamar também menos acelerado do que o ocorrido no mês anterior (48,9%); e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+11,4%), em volume de crescimento menor do que o ocorrido no mês anterior (21,4%). A única atividade que não teve elevação no volume de vendas foi o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, mesmo assim, sem queda: 0,0%.

Atividades

jun/20

jul/20

Combustíveis e lubrificantes

5,9

6,2

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

0,8

0,0

Tecidos, vestuário e calçados

48,9

25,2

Móveis e eletrodomésticos

29,6

4,5

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-2,8

7,1

Livros, jornais, revistas e papelaria

72,1

26,1

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

21,1

11,4

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

26,8

5,0

Quando se compara o volume de vendas do mês de julho de 2020 ao volume de vendas ocorrido em julho de 2019, sem ajuste sazonal, nota-se aumento no volume de vendas na ordem de 5,5%, depois de um aumento no mês de junho, nessa mesma base de comparação temporal, mês/mês igual do ano anterior, de 0,5%. Esses dois aumentos vieram depois de três meses consecutivos de queda: março, -1,1%, abril, -17,1%, e maio, -6,4%. No acumulado do ano (jan./20 a jul./20), comparação que é feita com igual período do ano anterior, o índice é negativo na ordem de 1,8%. Até o mês anterior, junho/2020, nessa base de comparação, a perda no acumulado do ano era de 3,1%. No acumulado de 12 meses, findo em julho de 2020 (agosto de 2019 a julho de 2020 cotejado com agosto de 2018 a julho de 2019), a taxa de crescimento no volume de vendas foi de 0,2%.

Em relação ao Maranhão, em julho de 2020, frente a junho/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas ficou na casa de +3,8%, número esse menor do que o ocorrido no mês anterior: +29,6%. Já são três meses consecutivos de elevação no volume de vendas no Maranhão, depois de três meses de queda: fevereiro (-0,6%), março (-5,6%) e abril (-13,0%). As duas Unidades da Federação (UFs) que apresentaram os maiores aumentos nessa base comparativa temporal no mês de julho foram AP (+34,0%) e PB (+19,6%). Seis UFs tiveram redução no volume de vendas nessa base de comparação temporal, sendo que as maiores quedas foram detectadas no PR (-1,6%) e no TO (-5,6%).

Em relação ao mesmo mês do ano de 2019, no Maranhão, em julho/2020, sem ajuste sazonal, foi detectado avanço no volume de vendas de 21,3%. Dentre todas as 27 UFs, o Maranhão teve a segunda melhor performance, sendo superado somente pelo PA (+23,5%). É o segundo mês consecutivo de aumento nessa base de comparação temporal, depois de três meses de recuo: março (-5,0%), abril (-18,4%) e maio (-13,5%). No mês de junho/2020, a elevação no volume de vendas foi de 14,4%.

Variação mensal (base: igual mês do ano anterior)

janeiro 2020

2,6

fevereiro 2020

2,6

março 2020

-5,0

abril 2020

-18,4

maio 2020

-13,5

junho 2020

14,4

julho 2020

21,3

Na base comparativa no ano, isto é, o volume de vendas de janeiro a julho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, o Maranhão voltou a apresentar uma taxa positiva no volume de vendas, 0,6%, depois de três meses consecutivos de decréscimo. Os números atinentes ao volume de vendas nos meses de junho e julho, em comparação ao mês imediatamente anterior, conforme vistos acima, bem como os números positivos na base comparativa mês/mês igual ao ano anterior, segundo tabela acima, acabaram por reverter o recuo no volume de vendas na base temporal em que se leva em consideração os meses acumulados no ano de 2020 em relação aos meses acumulados no ano de 2019. Até junho de 2020, o acumulado no ano era de -3,0%. A UF de SC tem o mais elevado percentual nessa base de comparação: 3,2%. O CE tem a retração mais elevada: -13,6%.

Quanto ao acumulado nos últimos 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020 cotejado com agosto de 2018 a julho de 2019), o índice de volume de vendas no Maranhão teve alta de 0,5%. No mês findo em junho de 2020, o acumulado dos últimos 12 meses estava em -1,2%. O gráfico abaixo ilustra o comportamento do volume de vendas acumulado para cada um dos doze últimos meses, no Maranhão.

Das 27 UFs, 14 têm apresentado taxas negativas, sendo que a UF com maior decréscimo percentual no volume de vendas nos últimos 12 meses é o CE (-8,4%).

Comércio Varejista Ampliado

Quando se analisa, em nível de Brasil, o comércio varejista ampliado - em que se agregam aos oito tradicionais setores do comércio varejista os setores de veículos/motos/partes/peças e de material de construção, no cotejamento julho/2020 com mês imediatamente anterior (junho/2020), com ajuste sazonal - teve seu volume de vendas aumentado na ordem de 7,2%. Foi o terceiro aumento consecutivo, embora com taxa menor do que as taxas dos dois últimos meses: maio (+16,6%) e junho (+11,1%).

O setor de veículos, motos e peças, nessa base de comparação temporal, mês/mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal, teve, pelo terceiro mês consecutivo, elevação no volume de vendas. Desta feita, em julho/2020, a elevação no volume de vendas foi na ordem de 13,2%, número este menor que o do mês de junho/2020, que foi de 27,9%. O setor de material de construção também teve avanço, embora a uma taxa menor, 6,7%. No mês anterior, houve aumento no volume de vendas na atividade material de construção a uma taxa de 14,5%.     

Na comparação com mesmo mês do ano anterior, detectou-se, no Brasil, em julho de 2020, depois de quatro meses consecutivos de queda, um aumento no volume de vendas do comércio varejista ampliado na ordem de 1,6%. O setor de veículos/motos/peças teve queda, nessa base de cotejamento temporal, de 16,2%, quinto mês consecutivo de taxa negativa, e o setor de material de construção, por outro lado, aumentou 22,7%, segundo mês consecutivo de aumento, haja vista, no mês de junho/2020, ter havido elevação praticamente de mesma magnitude percentual: 22,6%.

O volume de vendas acumulado no ano de 2020 (janeiro/2020 até julho/2020 comparado com igual período do ano passado), foi de retração no comércio varejista ampliado: -6,2%. O setor de veículos/motos/peças, nessa base de cotejamento no tempo, acumulou perda de volume de vendas de cerca de 21,7%, ao passo que o setor de material de construção, depois de quatro meses consecutivos de taxa negativa, acumulou no ano de 2020 em comparação com igual período de 2019, um ganho de 1,9%.

No acumulado nos últimos 12 meses, fechado em julho de 2020, o indicador volume de vendas do comércio varejista ampliado continua apresentando recuo, três meses em sequência, desta feita de 1,9%. Até abril de 2020, esse indicador temporal ainda era positivo, 0,8% e, assim, com taxas positivas, vinha permanecendo desde outubro de 2017. A atividade de veículos/motos/peças, em julho, continuava apresentando recuo no volume de venda nessa base de comparação temporal: 9,6%. Desde maio que esse indicador de base temporal para o setor de veículos/motos/peças vem apresentando taxa negativa. Quanto ao setor material de construção, pelo segundo mês em sequência, houve crescimento no volume de vendas no acumulado dos últimos 12 meses, desta feita de 2,8%.  

No Maranhão, na comparação julho/2020 com mês imediatamente anterior (junho/2020), o volume de vendas do comércio varejista ampliado apresentou um aumento no volume de vendas na ordem de 5,3%, taxa essa menor que a ocorrida no mês anterior, que foi de 34,5%. Foi o terceiro mês consecutivo de aumento, pois, em maio/2020, houve elevação de 7,4%. Essas taxas positivas foram antecedidas por dois meses de taxas negativas: em março (-16,9%) e abril (-8,0%).

Nesse indicador de base temporal, a UF com maior taxa de elevação no volume de vendas foi AP (+35,0%). As UFs com taxas negativas foram: PI (-0,1%) e MS (-0,7%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, julho de 2020/julho de 2019, no Maranhão, foi detectada elevação no volume de vendas, 19,7%. No mês anterior, junho/2020, já tinha havido uma reversão de taxas negativas, com aumento no volume de vendas na ordem de 14,2%. Essa ocorrência do mês de julho colocou o Maranhão com a 4ª melhor performance dentre as 27 UFS. A UF com maior percentual de avanço no volume de vendas nessa base de comparação temporal foi AM (21,5%). Em oito UFs houve comportamento retracionista, sendo que a maior retração foi observada na BA (-9,1%).

Na base de comparação em que se leva em conta o ano de 2020 (janeiro a julho) com igual período do ano anterior, tem-se um quadro de decréscimo no volume de vendas no Maranhão, na casa de 3,2%. Em função do aumento do volume de vendas tanto na base de comparação temporal mês/mês imediatamente anterior quanto na base temporal mês/mês igual do ano anterior, esse recuo de 3,2% foi menor do que o acumulado até junho de 2020, quando se observou uma retração no volume de vendas do comércio varejista ampliado na casa de 7,2%. Das 27 UFs, apenas TO (+4,9%) e PA (+1,4%) apresentaram expansão no volume de venda nessa base de comparação no tempo. 

No acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020 comparado com agosto de 2018 a julho de 2019), o recuo, no Maranhão, foi de 2,1%. Quedas mais significativas foram observadas em SE (-7,0%) e PI (-7,7%). 

Informação: IBGE 

0 comentários:

Postar um comentário