domingo, 4 de outubro de 2020

O Maranhão por estar localizado entre a Amazônia e a Caatinga, apresenta grande variedade de biomas. Sua vegetação é composta por mata de cocais (a leste), manguezais (na região costeira), floresta amazônica (a oeste), campos inundáveis (ao norte) e cerrado (ao centro-sul). Com todo esse potencial de cobertura vegetal, proporciona também uma rica diversidade de fauna, onde merecem destaque as abelhas.

De acordo com DRUMOND (2014), estima-se que no Brasil existam aproximadamente 3.000 espécies de abelhas, a grande maioria (90%) é solitária ou possui algum grau intermediário de sociabilidade. As 10% restantes são abelhas sociais verdadeiras. Desta parcela, no Brasil, uma única espécie não nativa, a Apis mellifera (abelha africanizada) apresenta forte peso econômico.  Ainda segundo o autor, as abelhas nativas constituem-se os polinizadores principais de 90% das árvores brasileiras, algumas das quais dependem exclusivamente destes insetos. As espécies possuem tamanhos, formas, coloração e hábitos os mais diversos.

Vale ressaltar a produção artesanal de mel de abelhas nativas (meliponicultura) por populações tradicionais no Maranhão. Segundo HOLANDA et.al (2012), a extração de mel dos meliponíneos é uma das possibilidades de inovação para os produtos alimentícios disponíveis no mercado, sendo capaz de ocupar a mão de obra familiar e gerar renda para pequenos proprietários rurais. No entanto, culturalmente o mel da abelha exótica Apis mellifera é o mel comercializado nas redes de supermercados e farmácias em detrimento do mel de abelhas nativas que ainda apresenta o mercado restrito às feiras de produtos agroecológicos.

Nesta perspectiva, para o Dia das Abelhas, vale a pena a reflexão sobre a função ecossistêmica que as abelhas realizam com a polinização, sobre o conhecimento da fauna nativa do nosso Estado, sobre a oportunidade de renda que a meliponicultura representa para pequenos proprietários rurais, além de toda a ameaça que as abelhas vêm passando atualmente com desmatamento, queimadas, uso indiscriminado de defensivos agrícolas e manejo inadequado dos meleiros, que retiram o mel destruindo as colmeias.  

Desta forma, torna-se necessário o fortalecimento institucional, notadamente dos municípios maranhenses de maior potencial para meliponicultura, visando sensibilizar as comunidades para a importância das abelhas nativas e a conservação de seus habitats naturais. Por: Superintendência de Educação Ambiental

Informação: Sema.MA 

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