sábado, 26 de dezembro de 2020

Músicos apresentam-se na Índia antes da pandemia da COVID-19

As consequências econômicas da crise de COVID-19 afetaram a cultura de forma mais severa do que se esperava. A constatação é da Unesco. A agência da ONU analisou as medidas de governos para socorrer o setor em vários países.   

Durante seis meses de confinamento social, a área de produção musical pode ter perdido mais de US$ 10 bilhões em patrocínio e apoio institucional. O mercado livreiro deve sofrer uma redução de 7,5% por causa da crise.   

Na indústria de cinema, 10 milhões de postos de trabalhos podem ter sido eliminados somente neste ano, e um terço das galerias de arte contaram ter cortado pessoal. Desde a pandemia, muitos espetáculos passaram a ser feitos online, mas com 46% da população global ainda sem acesso à internet, quase metade do mundo permanece sem acesso à cultura e os artistas sem o contato com o público. 

Guia para recuperação - Na publicação Cultura em Crise, uma Guia de Políticas para um Setor Criativo e Resiliente , a Unesco aponta o fechamento de salas de cinema, teatros e livrarias, constatando que muitos artistas ficaram sem oportunidade de trabalho numa área que concentra 30 milhões de empregos.

A diretora-geral da agência, Audrey Azoulay, afirmou que é preciso fomentar a diversidade cultural. “A cultura tem nos ajudado a sair da crise. Agora precisamos ajudá-la".  

O guia da Unesco sugere três eixos principais de ação que os governos podem tomar: apoiar os artistas e profissionais do setor, fortalecer a concorrência das indústrias criativas e culturais e apoiar indiretamente suas ações. A agência da ONU citou como exemplos Uruguai, Filipinas e Zimbábue, que estabeleceram fundos de apoio aos artistas durante a pandemia. Já Alemanha e Emirados Árabes Unidos se propuseram a comprar os trabalhos dos artistas além de encomendar obras durante a quarentena.   

Informação: Nações Unidas 

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