segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Com ação educacional e mutirão de limpeza na margem do Rio Bacanga nas dependências da Sede Náutica da UFMA com 25 jovens entre 12 e 16 anos da Brigada Voluntária Ambiental (BVA) da Polícia Militar (PM-MA), foi lançado pela Universidade Federal do Maranhão, na manhã de sábado, 20, o projeto Lagoa Nova, movimento realizado em parceria com instituições públicas e entidades da sociedade civil organizada que busca a limpeza e o desenvolvimento sustentável da área do Lago da Barragem do Bacanga.

A iniciativa tem o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam); da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema); do Comitê Gestor da Limpeza Urbana; do Batalhão da Polícia Ambiental (BPA); do Ecomuseu Sítio do Físico e da Câmara Municipal de São Luís; representada pelo vereador Álvaro Pires; e do Clube de Mães do Bairro Coroado, porém a intenção é envolver a maior quantidade de parceiros o possível, conforme explicou assessor-chefe da Assessoria de Representação Institucional da UFMA e um dos coordenadores do Lagoa Nova, Arkley Bandeira.

“Quanto mais parceiros, melhor para a condução do projeto. Uma das metas é despoluir essa área, para dar condições de equilíbrio ambiental, para se aproveitar essa área como lazer. Vemos exemplos pelo mundo onde há esportes náuticos, aproveitamento do turismo sustentável, observação de pássaros, entre outros. Queremos envolver toda a comunidade, no sentido de explorar sustentavelmente esta região, e desejamos transformar isso aqui em um grande laboratório da universidade, que possa esta possa enxergar a riqueza desta área em suas ações”, explanou o coordenador.

O Rio Bacanga é o segundo rio mais importante da ilha, nasce na cidade de São Luís e deságua na baía de São Marcos. Possui uma rica biodiversidade ligada aos manguezais, porém sofre com a poluição, o desmatamento, as queimadas, a ocupação indevida, o assoreamento, entre outros graves problemas que ameaçam a vida do rio e preocupa os moradores ao longo de seu curso.

O projeto Lagoa Nova terá como foco a proteção ambiental, a infraestrutura e o urbanismo na região. Entre as ações planejadas, estão identificar os pontos de poluição e desmatamentos ao redor do rio, incentivar o lazer, ações comunitárias na região, intensificar as fiscalizações perante o poder público e a comunidade, e monitorar a qualidade da água do rio.

Para alcançar essas metas, serão mobilizadas ainda mais entidades públicas e privadas e a comunidade universitária, envolvendo estudantes e pesquisadores da Instituição nas áreas de oceanografia, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de pesca e turismo.

O projeto tem fases de curta, média e longa duração, em que a primeira etapa consiste em chamar atenção da cidade e dos investidores para a região. Haverá, inclusive ações em datas especiais, como no Dia Mundial da Água, em 22 de março. No segundo semestre haverá projetos pontuais em sustentabilidade ambiental que irão adentrar a região do Rio Bacanga.

Marcelo Henrique Silva, docente do curso de Oceanografia da UFMA e morador de uma vida inteira do bairro Sá Viana, declarou sua satisfação em fazer parte de um projeto que beneficiará sua região familiar: “Como morador, nascido e criado no Sá Viana, eu vi, com o passar do tempo, a degradação deste ambiente e sempre tive o anseio de dar minha contribuição. Sendo próxima desta região, acho que é um dever da Universidade tentar de alguma maneira mudar este cenário. A ideia é que o projeto traga resultados bastante satisfatórios”.

Presente na ocasião, a secretária municipal de Meio Ambiente, Karla Lima, fez elogios à iniciativa Lagoa Nova: “É um projeto louvável da Universidade Federal do Maranhão, em que estamos como parceiros e que ficamos muito felizes quando fomos convidados, prontamente nos colocamos à disposição. Sabemos que para a cidade se desenvolver, é preciso que seja sustentável, que o meio ambiente seja preservado. É uma proposta muito boa que só quem tem a ganhar é a nossa população”.

O superintendente de Infraestrutura da UFMA e também coordenador do projeto, Wener Santos, ressaltou que a gestão do reitor Natalino Salgado contém como um dos pilares ações voltadas para a sustentabilidade ambiental. Ele também informou que uma das propostas do Lagoa Nova é fazer com que a Sede Náutica da UFMA possa ser local de desenvolvimento de pesquisas junto com comunidade, pescadores locais e com turismo ecológico. O superintendente mencionou que a Universidade contribuirá inserir a sociedade na área e mostrar que a região pode ser democratizada e mais organizada, com ações sociais e ecoturismo.

Fernando Mendonça, membro do conselho consultivo do Ecomuseu Sítio do Físico e juiz da 2ª Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Maranhão, declarou que “é um sonho de mais de dez anos o desejo de recuperar a área socialmente para a sociedade ludovicense”, em suas palavras. “A Universidade tem toda a legitimidade de propor esta iniciativa e de articular todas essas parcerias. Estamos muito otimistas de que coisas boas vão acontecer para a Bacia do Rio Bacanga e seus moradores”, realçou.

Informação: UFMA 

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