domingo, 14 de março de 2021


* Artigo do governador Flávio Dino

Estamos vivendo um dos piores momentos da crise sanitária ocasionada pela pandemia do coronavírus. Agora, em âmbito nacional, além do elevado índice de contágio e mortalidade, lidamos com limitação de insumos e de mão de obra especializada para ampliar a assistência hospitalar aos pacientes acometidos pela doença, além dos incalculáveis danos sociais e econômicos que alcançam a população. Preocupado com esse quadro, o Fórum Nacional de Governadores propôs, esta semana, um Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde. O documento foi assinado por 21 governadores, com o objetivo de estruturar um trabalho conjunto, célere e efetivo no enfrentamento a esta tragédia.

O Pacto ultrapassa quaisquer preferências político-partidárias, porque o nosso objetivo é lutar em defesa do povo brasileiro, e não tratar de eleições. Para tanto, propusemos que o processo seja coordenado por um Comitê Gestor composto por representantes dos três poderes e nos três níveis federativos – União, Estados e Municípios, sob assessoria de uma comissão de especialistas, atuando a partir de três focos centrais. O primeiro deles é a expansão da vacinação, com diversidade de fornecedores, mais compras e busca de parcerias e doações internacionais, com distribuição obedecendo o marco legal do Plano Nacional de Imunização. O segundo refere-se à ampla adoção de medidas preventivas, especialmente diante dos obstáculos a infinitas expansões hospitalares. E o outro ponto é que a União apoie os Estados na manutenção dos leitos, como dispõe a legislação do SUS.

Precisamos agir, fazendo absolutamente tudo que for possível, para evitar que milhares de vidas continuem sendo perdidas todos os dias. É isto que tem norteado o nosso trabalho incansável aqui no Maranhão. Somente este ano, já abrimos 731 leitos exclusivos para casos Covid, em sua grande maioria leitos permanentes, que serão mantidos na Rede Estadual de Saúde. Também abrimos o hospital de campanha de Imperatriz, erguido diante da brutal sobrecarga dos hospitais públicos e privados na região.

Contudo, a demanda por leitos é crescente e preocupante, por isso estamos com obras em andamento em diversas regiões do estado, de acordo com os indicadores epidemiológicos. Cito para as próximas semanas 54 novos leitos em São Luís, 55 no hospital de campanha de Pedreiras, 26 em Caxias e 35 em Bacabal, além de ampliações em nossos hospitais macrorregionais. Ontem abrimos 72 novos leitos no HCI e já viabilizamos a abertura de mais um hospital de campanha, também em São Luís, onde temos, atualmente, o quadro mais difícil do estado. Paralelamente, seguimos a batalha por mais vacinas para o Maranhão, com sucessivas reuniões com o Ministério da Saúde e com empresas de outros países, a exemplo de Rússia, Estados Unidos e China.

A situação nos hospitais está muito difícil, nossos profissionais estão exaustos e o contexto ainda não aponta para melhorias em curto prazo. Por isso, na última sexta-feira reforçamos as medidas restritivas, estendendo a vigência do Decreto nº 36.531 até o próximo dia 21, e ampliando determinações também para bares e restaurantes. Como forma de apoio, vamos conceder auxílios emergenciais estaduais ao setor cultural, no valor de R$ 600, e para bares e restaurantes, no valor de R$ 1.000. Nosso objetivo é a manutenção de empregos e sustento de famílias nesse período excepcional.

Em hora tão desafiadora, peço que esqueçam preferências políticas e partidárias. É hora de união com base na consciência coletiva. Não é possível uma saída individualista para um problema social. Só venceremos esta difícil crise mediante a solidariedade de todos. Conto com vocês e que Deus proteja o Brasil.

Informação: MA.gov 

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