sexta-feira, 5 de março de 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortes global por COVID-19 continua em queda mas o número de óbitos continua muito alto e a pandemia ainda está longe do fim. O alerta é da líder técnica da OMS para a COVID-19, Maria Van Kerkhove.

A epidemiologista ressaltou que as três variantes do vírus continuam preocupando. Ela citou a mutação B117, do Reino Unido, e a B1351, identificada na África do Sul, além da  P1, rastreada no Brasil e no Japão e identificada em Manaus. Em comum, as três variantes têm a rapidez na transmissão.

Para Van Khrekove, lavagem de mãos, distanciamento físico e o uso de máscaras funcionam contra as variantes do COVID-19. As indicações são de que a B117 é a mais grave, o que significa mais hospitalizações e potenciais mortes com a sobrecarga do sistema de saúde.  

O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, disse que a COVID-19 pode se espalhar várias vezes se não forem observadas as medidas recomendadas de uma forma combinada. Ryan defendeU que o comportamento individual de prevenção, a vigilância de saúde pública e a vacinação poderão ajudar a aliviar as restrições com um maior controle.

Estima-se que 265 milhões de pessoas já tenham sido vacinadas com pelo menos a primeira dose em 115 países que iniciaram campanhas. Mas 80% desse total foram imunizados em apenas 10 nações. 

Até o dia 3 de março, foram notificados 114.315.846 casos e 2.539.427 mortes em função da doença. A OMS aponta que as regiões das Américas, Europa, Sudeste Asiático e Mediterrâneo Oriental tiveram o maior número de novos casos notificados.

A agência realça a prioridade de se vacinar profissionais de saúde até 7 de abril, prazo de 100 dias para que todos os países vacinem estes trabalhadores e idosos, como parte da campanha de equidade no acesso aos imunizantes. 

Medidas básicas  - A chamada à ação foi lançada em janeiro e incentiva o apoio ao mecanismo COVAX, considerado um pilar do Acelerador de Acesso a Ferramentas Contra a COVID-19 ( Acelerador ACT). A iniciativa prevê a distribuição de vacinas, tratamentos e diagnósticos de forma equitativa em todo o mundo. 

A OMS reforça que apesar de as vacinas ajudarem a salvar vidas, seria um erro se os países dependessem apenas delas: a recomendação é que sejam reforçadas as medidas básicas de saúde pública que continuam sendo a base da resposta. E destaca que o momento atual é para usar todas as ferramentas para aumentar a produção de imunizantes, incluindo o licenciamento e a transferência de tecnologia. Em caso de necessidade, a OMS pede isenções de propriedade intelectual. 

Informação: Nações Unidas 

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