quarta-feira, 17 de março de 2021

Uma nova onda de fechamentos em todo o País devido ao agravamento dos números da pandemia da Covid-19 desferiu outro duro golpe no Turismo. Com praias, comércio, parques e atrativos com mais restrições, a demanda por viagens também despencou e, ao mesmo tempo, levou quem tinha viagens marcadas a cancelar ou remarcar. Um pesadelo que se repete para agências, operadoras, hotéis e companhias aéreas – que passaram por isso há um ano, logo no início da crise.

O número de cancelamentos e no-shows disparou, especialmente após o agravamento da crise em São Paulo, principal pólo emissivo do País. A desaceleração já era sentida desde o início do ano, quando os números de mortes e infectados vinha crescendo e em contraste ao último trimestre de 2020 – quando o consumidor retomava a coragem para viajar.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a média de decolagens diárias atingiu o auge pós-crise em janeiro com 1.798 – o que equivale a 75% do que havia antes da pandemia. Desde então, os números estão em queda. Em fevereiro foram 1.469 decolagens por dia, 61,2% do nível pré-Covid. A estimativa par março é de 1.258, praticamente 50% do que no mesmo período de 2019.

O auge da crise chegou em abril do ano passado, quando as decolagens diárias chegou a 6,8% do volume anterior, somando apenas 163. Embora não seja esperado que o setor volta a queda de 12 meses atrás, a demanda menor já tem reflexos práticos na oferta.

A Latam, por exemplo, revelou que neste mês de março opera 35% de sua capacidade quando a comparação é feita com 2019. Agora, se a comparação é com março de 2020, o volume corresponde a quase 50%. Ao todo, as filiais do Grupo Latam devem operar diariamente uma média 675 voos domésticos e internacionais neste mês. No Brasil, especificamente, a companhia prevê operar até 345 voos domésticos por dia, além de 11 rotas internacionais – o que corresponde a 39% da capacidade total.

A Gol, por sua vez, já registrava queda de 15% nas vendas de passagens em fevereiro. No mês passado, a companhia reduziu em 28% a sua oferta em relação a janeiro, atingindo a média de 355 voos por dia. Embora não tenha revelado números, a aérea já avisou que a redução será grande em abril. Por isso, mudou, inclusive, a sua política de reembolsos e remarcações.

A Azul também registrou, em fevereiro, um recuo. De acordo com a companhia, houve uma queda de 14,2% na demanda em voos domésticos e de 11,1% na oferta no mesmo segmento, na comparação com fevereiro de 2020. Os indicadores representam um recuo maior do que o registrado em janeiro, quando demanda e oferta recuaram 9,9% e 4,3%, respectivamente.

Informação: Mercado e Eventos 

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