Serviço auxilia empresas maranhenses a lidarem com o lixo produzido e a cumprirem a legislação, que inclui o reaproveitamento e/ou destinação correta dos resíduos.  

SÃO LUÍS – Com pouco mais de uma década, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei (Lei nº 12.305/10) que organiza a forma com que o país lida com o lixo, ainda está longe de ser completamente cumprida no Brasil. Mas continua exigindo dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus rejeitos. Entre outras definições, a lei determina que os grandes geradores de lixo, o que inclui municípios e empresas que geram mais de 200 litros de resíduos por dia, construam seus próprios planos de gerenciamento e assumam os custos de coleta de seus rejeitos de forma privada, contratando uma empresa para o recolhimento e destinação adequada do lixo. Bares, restaurantes, hotéis, centros comerciais, entre outros, são alguns dos estabelecimentos que podem se enquadrar nessa exigência. 

A fim de auxiliar as empresas maranhenses a se adequarem à norma, o SENAI, entidade do Sistema FIEMA, está oferecendo às indústrias e empresas locais de todo Estado, o serviço de consultoria para a implantação do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), cujo objetivo é minimizar a geração de resíduos, proporcionando aos rejeitos gerados um encaminhamento seguro e correto e reduzindo os custos das empresas com o recolhimento. “O foco é auxiliar as empresas a ficarem em conformidade com as leis ambientais, sendo o PGRS uma condição para emissão de alvarás, além de integrar o licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras. O programa também contribuiu para a diminuição de grandes impactos e poluições ambientais”, afirmou o diretor regional do SENAI, Raimundo Arruda. 

O serviço tem a parceria do Sebrae e do SESI e é destinado aos grandes geradores de resíduos industriais, de serviço de saúde, resíduos da construção civil, geradores de resíduos perigosos, geradores de resíduos de serviço de transporte, geradores de resíduos das atividades agropecuárias e silvicultura, assim como geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, exceto os resíduos sólidos urbanos domiciliares e de limpeza urbana. “O trabalho inicia pelo levantamento dos insumos utilizados na empresa, destacando os pontos onde ocorre a geração dos resíduos de cada setor e, posteriormente, sendo efetuada a descrição de todo processo produtivo para, em seguida, serem avaliados esses resíduos e quais deles estão aptos à reutilização ou reciclagem, tratamento e destinação final”, explicou o gestor. 

MEIO AMBIENTE – Esse suporte às empresas para adequação à lei de resíduos sólidos também ganhou destaque no Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEMA, que recentemente promoveu uma reunião para discutir o assunto com os setores interessados.  

Na ocasião, também se chamou a atenção para a Logística Reversa, que consiste no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, onde se busca reaproveita-los ou ainda realizar o seu descarte de forma apropriada, com o intuito de colaborar para a preservação ambiental. Atualmente, há poucas empresas no ramo da reciclagem no Maranhão. As que existem, apenas recolhem o lixo e comercializam para outros Estados, fazendo com que o Maranhão perca o que seria uma fonte adicional de receita. Uma mudança de chave nesse sentido atrairia players para o Maranhão, possibilitando novos investimentos e aumentando a oferta de materiais recicláveis. 

“O reaproveitamento dos resíduos é uma oportunidade de negócio que as indústrias também podem explorar comercialmente, além de minimizar os impactos ambientais, bem como os impactos na saúde humana e do trabalhador”, explicou, na época, a presidente do Sindicato das Indústrias de Reparação Automotiva, Leonor de Carvalho.  

Mais informações sobre a consultoria Implantação do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do SENAI podem ser obtidas pelos telefones (98) 2109-1859 e 99178-7430. 

Informação: Fiema