quarta-feira, 5 de maio de 2021

Entidade tem um papel fundamental para a indústria do estado e se tornou referência na formação de profissionais para o setor industrial

SÃO LUÍS – Com oito Centros de Educação Profissional e Tecnológica no Maranhão, sete unidades móveis e mais de 700 mil matrículas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) completa nesta quinta-feira, 6/5, 68 anos de atuação no estado. 

Devido a pandemia e a necessidade de seguir os protocolos sanitários de combate a covid-19, o presidente da FIEMA e do Conselho Regional do SENAI, Edilson Baldez, e Raimundo Arruda, diretor regional do SENAI, registram a data ressaltando a missão da entidade no mês da Indústria.  

“Temos a missão de contribuir com ideias criativas para o desenvolvimento e o crescimento industrial do nosso país e, principalmente, da indústria maranhense, o SENAI Maranhão alcança a longevidade dos seus 68 anos de atuação, sem desviar o foco de suas ações voltadas à indústria, ao trabalhador e à sociedade maranhense, mas atualizado e atuante inclusive durante a pandemia, com a recuperação de respiradores e confecção de máscaras de tecido e face shildes”, afirmou Raimundo Arruda, diretor regional do SENAI-MA. 

“O SENAI foi e é decisivo na construção de um parque industrial forte e diversificado. Ao longo das últimas décadas, não há um único grande empreendimento implantado no Brasil e no Maranhão que não tenha utilizado e se beneficiado dos serviços oferecidos por essa instituição”, declarou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, que ressaltou, ainda, a atuação do SENAI no Maranhão, destacando o pioneirismo e a visão dos empresários maranhenses, que possibilitaram o crescimento do setor e o desenvolvimento econômico do Estado. “O SENAI foi fundamental para o estabelecimento das primeiras unidades industriais no Maranhão, há 68 anos. Nos últimos anos, o estado e seu parque industrial não pararam de crescer. Para dar suporte a esse processo, o SENAI tem construído modernos centros de formação profissional e unidades móveis, nas principais cidades do Estado.”  

ATUAÇÃO NA COVID - O SENAI-MA, passou a integrar a iniciativa nacional, protagonizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e concluiu a recuperação de 14 respiradores mecânicos de hospitais do estado, atuando com outros parceiros regionais. Além disso, o SENAI também produziu 20.000 mil máscaras de proteção e mais de 1.400 protetores faciais (face shields), que foram doados a profissionais de saúde da linha de frente de combate à doença. 

HISTÓRIA - A história do SENAI no Maranhão começou em 1953, no Monte Castelo, e desde então, a entidade está sempre atenta às demandas de inovação do mercado, adequando a indústria maranhense ao mundo da Indústria 4.0, o recente ciclo da nova revolução industrial do século XXI. É preciso ressaltar que mudanças profundas foram exigidas para formar mão de obra habilitada às exigências do mercado de tornar o setor manufatureiro mais produtivo, competitivo e apto para enfrentar os novos desafios do processo produtivo. 

A formação técnica, de menor duração e mais alinhada ao mercado de trabalho que o ensino superior tradicional, foi a opção de milhares de maranhenses que buscam se qualificar por ano. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no Maranhão registrou 18.335 matrículas em cursos técnicos nos últimos 5 anos e 30.471 em cursos de qualificação profissional voltados para as necessidades da indústria, que hoje emprega no Brasil 9,7 milhões de pessoas - ou 20,4% do total de empregos formais do país. 

Os cursos técnicos têm duração de no mínimo 800 horas, ou 1 ano, podendo chegar a 3 anos; e o aluno deve estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Por preparar o indivíduo para o exercício de uma profissão, é muito procurado pelos jovens, de 16 a 23 anos, que representaram 12,44% (20.661) das matrículas em 2020. 

Ainda que o percentual diminua conforme a faixa etária avança, 217 com mais de 41 anos viram no curso técnico a oportunidade de se reinventar ou garantir um emprego em um ano de pandemia. Para garantir a manutenção do calendário, as escolas realizaram a parte teórica dos cursos com Ensino a Distância (EaD), simuladores 2D e 3D e conteúdo multimídia audiovisual. 

O SENAI do Maranhão tem em média 516 cursos em seu portfólio nas modalidades de Iniciação, aperfeiçoamento e qualificação profissional e habilitação técnica. Na lista dos 20 mais requisitados (veja abaixo), o destaque são as ocupações transversais, formação coringa que permite ao estudante exercer funções em quase todos os segmentos industriais. É o caso dos técnicos em eletrotécnica (1º), em eletromecânica (2º), segurança do trabalho (3º) e em metalúrgica (4º). 

Para se ter uma ideia, com a pandemia e a escassez de ventiladores pulmonares nas redes de saúde públicas e privadas, o SENAI e grandes indústrias direcionaram profissionais das áreas de eletrotécnica, eletrônica, elétrica, mecânica, biomédica e segurança do trabalho para o reparo dos equipamentos. 

PROFISSÕES LIGADAS ÀS NOVAS TECNOLOGIAS - De olho nas tecnologias e nas necessidades da indústria 4.0, os alunos também têm se interessado por cursos como o de automação industrial (4º) e eletroeletrônica (8º). E, entre as tendências que o SENAI identificou nos estudos Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 e Ocupações do pós Covid-19 com alta demanda em 2020 estão mecatrônica (5º), desenvolvimento de sistemas (9º) e logística (11º). 

“Apesar de ter sido um ano atípico, a procura pela formação técnica e por esses cursos mostra que o brasileiro, e o jovem especialmente, sabe que tem um leque maior de atuação ao escolher ocupações consideradas essenciais, ou transversais como chamamos. Mas também temos aqueles que buscam especializar-se e estão de olho nas tendências”, observa o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. 

Ele destaca que as 28 áreas da indústria - que variam de alimentos e automotiva a telecomunicações e energia - precisam de profissionais qualificados para lidar com os desafios da revolução tecnológica. De acordo com a última Sondagem Industrial, o setor acumula sete meses consecutivos de alta no emprego. Ao definir o portfólio e o currículo dos cursos, o SENAI avalia essa demanda e as projeções do mercado de trabalho para os próximos anos. 

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - Diferentemente dos cursos técnicos, os de qualificação profissional são de, no mínimo, 160 horas, e duram, em média, três meses. Voltados para quem busca desenvolver uma competência para o exercício de uma profissão ou para quem deseja se requalificar, exigem uma escolaridade mínima, mas dispensam conhecimento técnico prévio. 

Lideram, com o maior número de matrículas, os cursos de assistente administrativo, assistente de controle de qualidade, eletricista industrial, assistente de recursos humanos e operador de computador. Mas a lista abrange habilidades técnicas específicas, como eletricista de redes de distribuição de energia elétrica, inspetor de qualidade e mecânico de motocicletas. 

Os jovens continuam sendo o maior público desse tipo de curso: entre as mais de 223 mil matrículas registradas, 39,3% são de pessoas na faixa etária de 16 a 23 anos e 26,1% de 24 a 31 anos.  

Matrículas realizadas em 2020 - SENAI MA

CURSOS 

TOTAL DE MATRÍCULAS ACUMULADO (TEC/ITINERÁRIO/APRENDIZAGEM) 

Técnico em Eletrotécnica 

605 

Técnico em Eletromecânica 

1480 

Técnico em Automação Industrial 

80 

Técnico em Segurança do Trabalho 

602 

Técnico em Logística 

155 

Técnico em Edificações 

218 

Técnico em Informática 

102 

Técnico em Redes de Computadores 

122 

Técnico em Eletrônica 

190 

Técnico em Metalurgia 

638 

TOTAL 

4192 

Informação: Fiema 

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