A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) realizou, na manhã desta sexta-feira (11), ação de limpeza na extensão da Praia de Mangue Seco, em Raposa. A atividade teve como foco a coleta dos resíduos sólidos gerados pela população em geral.

De acordo com a Superintendente de Educação Ambiental, Stefanny Portela, “a limpeza na praia do Mangue Seco é uma ação simbólica de educação ambiental que dialoga diretamente com nosso Plano Estadual de Educação Ambiental, na temática de resíduos sólidos, que visa sensibilizar tanto os participantes quanto a comunidade que nos assiste nessa ação sobre o nosso atual estilo de vida, perfil de consumo e sobre tentar reduzir o consumo de plástico. Nós sabemos que, a cada ano, são despejados cerca de 25 milhões de toneladas de resíduos sólidos nas praias e metade desse quantitativo, 12,5 milhões de toneladas, de plástico. Então, se cada um fizer a sua parte, reduzindo o consumo de plástico e substituindo por vidro, papel ou papelão, através de ações pequenas, mas coletivas, nós conseguiremos manter a conservação desses ecossistemas frágeis”, frisa.

Para Mariana Couto, Trainee e integrante da Coordenação da Escola Ambiental do Maranhão, a ação teve a finalidade de incentivar a educação ambiental no Estado. “Viemos no esforço de justamente trazer várias secretarias a fim de estimular, incentivar e promover a educação ambiental no Maranhão como um todo, então a gente busca sempre a transversalidade das ações e também que a expansão ambiental se torne uma questão de cidadania do maranhense”, afirma. 

Conforme um levantamento divulgado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), cerca de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por itens feitos de plástico, como garrafas, copos descartáveis, canudos, cotonetes, embalagens de sorvete e redes de pesca e estima-se que 80% desses resíduos tenham origem terrestre.

Dona Loura, moradora de Mangue Seco, explica que “aqui a gente tem um problema sério de pessoas que vem fazer piquenique aí deixa resto de sacola, de copo descartável, esse tipo de coisa, então a gente bate contra, conversa, só que não temos como conter. Já até colocamos placas e todo mundo acha feio chegar em um local sujo, quando está limpo é ótimo, inclusive eu pago pessoas para fazer limpeza do local porque não posso. Tem muito morador aqui, mas que só quer tirar proveito, porque pra cuidar tem poucos”. 

O descarte inadequado de resíduos nas praias pode gerar prejuízos ao desenvolvimento de algumas espécies marinhas, acarretando até na ameaça de extinção de algumas delas. Cabe ressaltar que, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos (fabricantes, importadores, comerciantes, consumidores e poder público) possuem responsabilidade compartilhada pela vida útil do produto.

Participaram da ação a Superintendência de Educação Ambiental, Superintendência de Resíduos Sólidos, Superintendência de Licenciamento Ambiental, Superintendência de Economia Verde, Superintendência de Recursos Hídricos, Superintendência de Biodiversidade, Superintendência de Recursos Florestais, Superintendência de Planejamento e Monitoramento, Secretaria Executiva dos Conselhos Estaduais , a Assessoria de Comunicação (Ascom) da SEMA e a Escola Ambiental do Maranhão.

Informação: Sema.MA