Os assassinatos de pessoas com albinismo aumentou durante a pandemia de COVID-19, disse, na quinta-feira (28), a especialista independente nomeada pela ONU para os direitos das pessoas com albinismo, Ikponwosa Ero.
A especialista explicou que, com o aumento da pobreza, mais pessoas estão recorrendo a feitiços em busca de riqueza rápida. Em alguns países e regiões há a “crença equivocada” de que usar partes do corpo de pessoas com albinismo em poções pode trazer sorte e riqueza. Segundo Ero, a maioria das vítimas são crianças.
O Conselho de Direitos Humanos aprovou uma resolução inovadora no início deste mês condenando as violações dos direitos humanos cometidas por meio de acusações de bruxaria e ataques rituais e pediu por uma consulta internacional e recomendações sobre o assunto.
Mais ação necessária - A especialista disse estar grata por ter havido muito progresso em vários continentes nos últimos seis anos, “mas ainda há muito a ser feito”.
Ela citou um plano de ação regional sobre o albinismo na África e campanhas de conscientização na África e em outros lugares, incluindo em países como Brasil, Japão e Fiji.
A pesquisa sobre albinismo aumentou mais de dez vezes e uma explosão de dados e informações confiáveis aumentou a compreensão de como o direito à saúde, educação e direitos das pessoas com deficiência e discriminação racial pertencem às pessoas com albinismo.
Longo caminho pela frente - Também aumentou a compreensão dos direitos das mulheres e crianças afetadas pelo albinismo e a necessidade de proteção contra práticas prejudiciais.
“Embora tenhamos avançado muito na luta contra esses atos hediondos, o caminho à frente continua longo e árduo”, disse Ero.
Papel dos relatores - Relatores especiais são nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar países ou questões temáticas específicas.
Eles servem em sua capacidade individual e não são funcionários da ONU, nem recebem um salário da Organização.
Informação: Nações Unidas
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