sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Ações pela redução do efeito estufa, preservação das florestas, consideração da realidade da população amazônica no debate político. Os assuntos foram discutidos durante a consulta de alto nível da iniciativa “Clima e Desenvolvimento: Visões para o Brasil 2030”. O governador Flávio Dino participou do evento virtual, acompanhando do Palácio dos Leões, nesta sexta-feira (20). Dino pontuou eixos que considera fundamentais para o avanço das discussões sobre a Amazônia. 

A iniciativa “Clima e Desenvolvimento: Visões para o Brasil 2030” reforça os compromissos ambientais e climáticos que o Brasil assumirá para o período, e parte do princípio de que o país reúne condições excelentes para participar da corrida pelas oportunidades e benefícios da descarbonização. As promessas brasileiras contemplam mudanças importantes para áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia e eficiência. Até 2025, o país promete reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa. Para 2030, a ambição é chegar a uma redução de 43%. 

“É preciso ajustar estratégias em três pilares fundamentais. O primeiro é que todos ajudem e se evite o jogo de empurra e de culpabilidade. Mesmo os que têm metas, que talvez não sejam tão efetivas no que refere ao resultado geral, devem ser chamados a participar, a exemplo dos setores de energia, transporte, indústria, de modo geral. A segunda seria o foco na Amazônia, que pode parecer advogar em causa própria, mas não, é sim uma medida de inteligência”, enumerou o governador Flávio Dino. 

Flávio Dino continuou pontuando que um acordo nacional não é tão simples, pois, em sua avaliação, a ideia, por vezes, encontra dissonância. “E foco na Amazônia significa por dinheiro em projetos consistentes de restauração e desenvolvimento sustentável. Que não sejam projetos pilotos apenas, mas que tenham escala e se insiram em cadeias econômicas de dimensão nacional e global. E esse esforço é vital”, explicou.

Como terceiro elemento dos pilares estratégicos, o governador frisou o contraste com o Governo Federal. “Isso, no plano internacional, não significa substituir ou confrontar, mas contrastá-lo muito fortemente. Talvez, em documento único, numa espécie de ‘carta Brasil verde’, que evite iniciativas que não consigam expressar, na arena internacional, uma face visível de contraste em relação ao Brasil”, disse.

Por fim, as eleições foram apontadas pelo governador Flávio Dino como um desafio para se chegar a um plano eficaz pela Amazônia. Dino enfatizou que “se o debate na Amazônia for entre ambiente e desenvolvimento, é sete a um”. Na avaliação do governador, é preciso mover os termos do debate para ambiente como premissa do desenvolvimento real verdadeiro. 

“Até hoje, esse debate está no simbolismo. Se colocarmos as questões contidas em tratados internacionais, não se fala três minutos com a população amazônica, se não conseguir traduzir as iniciativas práticas e capazes de interferir no rumo das eleições. Devemos organizar uma estratégia política que considere esses múltiplos planos, incidindo na realidade concreta da luta política com o paradigma organizado da economia verde”, concluiu Flávio Dino.

Presentes ao evento, o senador Jaques Wagner; a deputada federal, Tabata Amaral, além de autoridades ambientais.

Informação: MA.gov 

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