quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Da palmeira do babaçu tudo se aproveita: frutos, folhas, raízes e flores. De uma árvore completa vem a fonte de renda e complemento na alimentação de diversas comunidades. No Maranhão, o Governo do Estado reconhece o potencial do extrativismo do babaçu e, ao longo dos últimos anos, está investindo recursos e fortalecendo as associações e cooperativas agroextrativistas, tornando a atividade um modelo a ser seguido no País.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) participou, no dia 27 de agosto, de uma audiência pública sobre o manejo sustentável do babaçu, em Boa Vista do Ramos, no Amazonas. O evento teve como objetivo implantar a cadeia produtiva do babaçu no estado amazonense, utilizando o Maranhão como referência. 

A SAF foi convidada para compartilhar sua experiência e durante a programação, a coordenadora de Biodiversidade, Serviços e Ecossistemas da SAF, Alba Maciel, apresentou os benefícios do coco babaçu, seu potencial econômico, social e como o Governo do Maranhão vem incentivando essa atividade. No Estado, há aproximadamente 300 mil mulheres quebradeiras de coco babaçu. Uma atividade agroextrativista que exige força e dedicação.

Já o assessor da SAF, Samuel Barroso, parabenizou a iniciativa de implantação da cadeia produtiva do coco babaçu Amazonas e colocou a SAF à disposição do projeto. “O Governo do Estado vem apoiando essas mulheres com investimentos em agroindústrias equipadas que permite o beneficiamento do babaçu, agregando valor ao produto. Além da produção, apoiamos também a comercialização, por meio do Programa de Compras da Agricultura Familiar (Procaf), uma política que permite a compra direta da produção das cooperativas e associações pelo Estado. Os produtos são integrados às cestas básicas e distribuídas para a população em situação de vulnerabilidade social”, ressaltou Samuel Saraiva. 

Vale destacar que antes da audiência pública, entre os dias 3 e 7 de agosto, uma comitiva de aproximadamente 30 integrantes do Amazonas estiveram aqui no Maranhão, precisamente nos municípios de Lago do Junco e Pedreiras, com intuito de buscar referências para o manejo sustentável do babaçu. A comitiva ainda esteve na SAF e reuniu-se com o governador Flávio Dino para conhecer as políticas públicas de incentivo à atividade do coco babaçu no estado.

As metas estabelecidas na audiência pública foram: a capacitação das unidades familiares para desenvolver produtos de fins econômicos a partir do babaçu; capacitação das unidades familiares no mercado livre; construção dos arranjos florestais para o manejo do babaçu, como, por exemplo, o inventário florestal de produtos não madeireiros e a elaboração de um plano de negócio oriundo do fruto.

O deputado estadual Sinésio Campos, que está encabeçando o projeto, destacou que só em Boa Vista do Ramos e em Barreirinhas existem aproximadamente 10 milhões de palmeiras do babaçu. São municípios que mais concentram a espécie e com forte potencial para o manejo sustentável do fruto, tornando-se futuramente uma nova matriz econômica para o estado.

Sinésio destacou ainda que o caminho é árduo e precisa de muita articulação. “Para chegar até aqui o caminho foi difícil, mas nós gostamos de desafios, pois vislumbramos os potenciais do babaçu e o quanto essa política de manejo trará melhoria de vida para os agroextrativistas do Amazonas. Agradeço o apoio do Governo do Maranhão que disponibilizou o suporte necessário para conhecermos o processo de desenvolvimento dos subprodutos do fruto em seu Estado”, finalizou.

Informação: MA.gov 

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