quarta-feira, 27 de outubro de 2021

O público de São Luís, capital do Maranhão,  voltou a se beneficiar com a Feira Agroecológica e Solidária, que tem a Associação Agroecológica Tijupá, integrante da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama), uma das organizadoras e incentivadoras da atividade. A Feira retornou para a praça da Alegria, sempre na primeira quarta-feira do mês. A próxima acontece no dia 03 de novembro, das 7h às 12h, na praça da Alegria. 

Desde 2014, o circuito da Feira Agroecológica e Solidária chegou a São Luís. Com ele são apresentadas, por meio dos produtos, histórias de luta e resistência, valorização da agroecologia através de uma produção limpa de agrotóxico, diversidade na plantação e beneficiamento por meio do extrativismo.  Centenas de mulheres da zona rural de São Luís e da região do Baixo Munim Maranhense tiveram a vida impactada positivamente com a realização do circuito de Feiras. 

Maria da Conceição, produtora da comunidade de Mirinzal, em Morros, falou da felicidade em retornar à feira. “É bom retornar,  a feirinha  que é uma modo de acesso ao mercado econômico justo e solidário. Vendemos bem nossos produtos naturais. Produzimos com todo carinho”, disse. 

A enfermeira Conceição Sabino, é uma freguesa da Feira Agroecológica e estava sentindo falta dos produtos naturais. “É diferente o gosto das frutas, verduras e farinha ofertadas aqui na feira. É uma produção limpa de agrotóxico e em conta”, observou. 

Além de uma  ferramenta  de  trabalho, as Feiras Agroecológicas, surgiram  como  princípio  educativo  na  vida  dessas  mulheres,  pois  nos  momentos  de  capacitação,  nos  encontros  pré- feiras  há  o  aprendizado  também  no  que  diz  respeito  a  mercado,  matemática básica, lucro, troco, pesagem, valor da sua própria mão-de-obra. “Saberes que foram negados há essas mulheres, principalmente nas mulheres mais velhas que  não  concluíram  a  educação  básica.  Nesse  sentido,  percebe-se  também  que  houve  maior valorização e acesso da educação no campo”, explicou Marta Pereira dos Santos, presidente do Conselho Diretor da Tijupa, em uma atividade com as mulheres. 

Aprendizado por meio da Agroecologia 

Centenas de mulheres da zona rural de São Luís e da região do Baixo Munim Maranhense tiveram a vida impactada positivamente com a realização do circuito de Feiras Agroecológicas e Solidárias. 

O Circuito também fortalece a capacidade sócio organizacional dos agricultores/as envolvidos a partir da criação e funcionamento. As  ações despertam nos agricultores/as o foco para as práticas coletivas de gestão social em uma região e um Estado onde historicamente tem prevalecido a prática do trabalho individualizado no campo e de enfrentamento da inserção no mercado. 

Dona Roxinha, da comunidade do Igaraú, zona rural de São Luís, não vende somente o mel produzido pela abelha Tiúba. Ela explica, orgulhosamente explica que a abelha não tem ferrão, e o mel é ótimo para dor de garganta e gripe.

Informação: Inspire e Comunique 

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