segunda-feira, 25 de outubro de 2021


A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de setembro mostrou que, pelo 6º mês seguido, o percentual de famílias de São Luís endividadas obteve queda. Desta vez, a redução foi de 2,6% em relação ao mês de agosto e de 7% em relação a janeiro, conforme aponta o levantamento realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA).

Apesar da redução no índice, o panorama de endividados na capital maranhense permanece alto com 82,3% e atinge 255 mil famílias. O dado, mesmo positivo, não deve ser avaliado de forma otimista, uma vez que São Luís continua com patamar acima da média das demais capitais brasileiras, que é de 74%.

Em uma análise mais delimitada, a redução do endividamento familiar não se deve pelo aumento do nível de renda mas, sim, da diminuição do nível de consumo familiar que tem desacelerado o endividamento local, cenário já apresentado na Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de setembro, que ainda segue na zona de pessimismo.

Endividamento por faixa de renda

Analisando por faixa de renda familiar mensal, as famílias com menor poder aquisitivo, com até 10 salários-mínimos, têm reduzido seu nível de endividamento ao longo do ano, tendo cada vez mais capacidade de quitar as dívidas em atraso, conforme aponta a série histórica da Peic deste ano. Para o mês de setembro, 8,5% delas declararam não ter condições de pagar suas contas atrasadas, patamar inferior ao apresentado no início de 2021, quando o índice marcava 9,3%.

Já aquelas com renda superior a 10 salários-mínimos têm apresentado um aumento do nível de endividamento, puxado pelo crescente custo de vida sem a redução do nível de consumo, o que tem levado o indicador geral de endividamento a permanecer acima dos 80% em São Luís.

Padrão de endividamento

Sobre o padrão do endividamento, em setembro as famílias declararam que estão, em média, 53 dias com os pagamentos das dívidas em atraso, mesmo nível apresentado no mês de agosto. Somado ao tempo médio de comprometimento com dívidas a pagar, que no mês de setembro obteve 6,1 meses para solucioná-las, destaca a necessidade de uma política mais conservadora no gasto familiar.

O Presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva, ressalta que mesmo nesta conjuntura, o custo do endividamento possa reduzir nos próximos meses. “O custo do crédito pessoal tem estabilizado nestes meses de 2021, e com queda dos ‘juros ao consumidor’, é possível melhorar o nível de consumo local, com a retomada econômica gradual”, aponta.

Vilão de plástico

O principal tipo de dívida das famílias ludovicenses continua sendo o cartão de crédito, com 71,4%. Aquelas com renda mensal de até 10 salários-mínimos têm aumentado as contas com o ‘vilão de plástico’, nos meses de maio a setembro. O dado difere do movimento de tendência e controle do endividamento neste segmento, observado nos meses de janeiro a maio, no qual houve declínio significativo das famílias que declararam ter este mesmo tipo de dívida.

SERVIÇO:

Sugestão de porta-voz: Max de Medeiros – Superintendente da Fecomércio-MA.

Informação: Fecomércio-MA

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