segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Trinta e seis alunos estão sendo qualificados profissionalmente em áreas da construção civil para atuarem na recuperação e conservação de construções no centro histórico de São Luís. A parceria é da Prefeitura de São Luís, por meio da Fumph, FIEMA, SESI, SENAI, Sinduscon-MA e Sebrae.

SÃO LUÍS – Os artistas? Futuros pedreiros e pintores em sua arte de construir, revestir e dar vida e cores aos ambientes. Os quadros? Os casarões do Centro Histórico de São Luís, Patrimônio da Humanidade. Essa é a proposta do programa Canteiro-Escola: qualificar maranhenses nas profissões de Pedreiro de Revestimento e Pintor de Obras Imobiliárias para aturem na recuperação e conservação de bens culturais protegidos por lei. A primeira tela a ser pintada será o Mercado das Tulhas, que terá sua fachada externa restaurada pelos 36 alunos selecionados para as primeiras turmas do programa, que teve sua aula inaugural realizada nesta segunda-feira, 22, na sede do canteiro, na Rua Portugal. 

O Canteiro-Escola, lançado esta manhã, é fruto da parceria público-privada entre a Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), as entidades do Sistema FIEMA – Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Serviço Social da Indústria (SESI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – Sinduscon-MA e Sebrae. Os primeiros cursos estão sendo ministrados pelo SENAI, com conteúdo diferenciado, voltados à conservação de prédios históricos. 

O evento contou com a participação do presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves, do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, da presidente da Fumph, Kátia Bogéa, do diretor regional do SENAI, Raimundo Arruda, do superintendente regional do SESI, Diogo Lima, da coordenadora regional do IEL, Michele Frota, do vice-presidente executivo da FIEMA e presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz, do vice-presidente da FIEMA, Celso Gonçalo, e da 2ª secretária da FIEMA, Leonor de Carvalho, do superintendente do Sebrae-MA, Albertino Leal, e demais autoridades e representantes das empresas parceiras do programa. 

“Esse é um tipo de mão de obra carente em nossa cidade. Estamos com nossos prédios históricos todos precisando de manutenção, de conservação ou de reconstrução. Muitos proprietários não recuperam seus prédios por falta de mão de obra especializada. Esse programa visa incentivar esse movimento, além de dar oportunidade a esses novos profissionais que estão sendo formados para o mercado de trabalho, mas também para quem está precisando desse tipo de serviço”, ressaltou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves. Segundo Baldez, essa parceria é necessária, apoiada pela indústria e interessa a todos que se preocupam com a cidade. 

O prefeito Eduardo Braide participou do lançamento do Canteiro-Escola e disse que são inúmeras as parcerias com o Sistema S e as entidades do Sistema FIEMA, e que o interessante é levar esse programa para outros pontos de São Luís, fazendo a cidade cada vez mais bonita e conservada. “Esse programa tem uma importância especial, pois esses alunos não só estão se preparando para o mercado de trabalho, não só estão abrindo uma janela de oportunidade, mas enquanto estiverem aprendendo, vão ajudar a preservar a nossa história e a nossa cultura”. 

HISTÓRIA PRESERVADA E MÃO DE OBRA PARA A INDÚSTRIA – Os cursos oferecidos são nas áreas da construção civil – Pedreiro de Revestimento e Pintor de Obras Imobiliárias – ambos ministrados pelo SENAI, com carga horária de 400h e 36 alunos no total. Os futuros profissionais receberão bolsa auxílio no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), além de alimentação, transporte e fardamento. 

“O Sinduscon-MA foi um fomentador desse programa, junto com a Fumph, costurou essas parcerias para a realização desses cursos na área da construção. São 400h de capacitação que vão atender as empresas que atuam aqui, mas também essa enorme demanda de pessoas que querem trabalhar e, às vezes, a gente não tem essa qualificação determinada para o Centro Histórico. Para isso, trouxemos também as empresas parceiras para serem os patrocinadores, porque os alunos também estão recebendo uma bolsa de R$ 300,00, alimentação e transporte, e nós almejamos que esse programa aumente cada vez mais, e que a gente possa capacitar cada vez mais pessoas para trabalhar nas nossas empresas”, comemorou o presidente do Sinduscon-MA e vice-presidente executivo da FIEMA, Fábio Nahuz. 

Para o aluno Clovis Monteiro Silva, 27 anos, morador do Centro da cidade, o curso de Pintor de Obras Imobiliárias é a oportunidade de conseguir um emprego, conquistar uma vida melhor e ajudar a família. “Desde pequeno eu moro no Centro e andar por aqui é muito bom, é um dos lugares mais bonitos do Brasil, uma das sete maravilhas do mundo. Com esse programa, São Luís vai ficar mais linda ainda, vai chamar vários turistas, e fazer parte dessa história vai ser muito bom, um orgulho. Saber que eu vou passar e poder dizer: fui eu que pintei esse prédio, vai ser bom demais”. 

Segundo Kátia Bogea, essas são apenas as primeiras turmas de um programa que nasceu para ser grandioso. “Temos vários monumentos que estão na fila para serem recuperados pelo Canteiro-Escola. Cada um tem seu desafio diferente, sua especificidade. No Mercado das Tulhas, por exemplo, nós só vamos precisar de pedreiro e pintor, mas em outros, vamos precisar de marceneiro, carpinteiro, eletricista, restaurador de azulejaria, então, dependendo do tipo de monumento, é que a gente monta o canteiro-escola, com os ofícios específicos para aqueles monumentos”. 

Informação: Fiema

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