quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Objetivo é divulgar a técnica como opção minimamente invasiva para diagnósticos e tratamentos de patologias vasculares cerebrais

Aneurorradiologia intervencionista também conhecida como neurointervenção é a área da radiologia responsável pelo diagnóstico e tratamento das patologias vasculares cerebrais. É relativamente nova dentro da medicina e um pouco desconhecida não só pela sociedade, mas também pelo meio médico. Buscando divulgar a técnica como opção de tratamento minimamente invasiva, o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio da Hemodinâmica, realizou na última sexta-feira, 12, um treinamento com simulação realística voltada para residentes, acadêmicos e demais profissionais da área, conduzida pelos neurorradiologistas intervencionistas, Wilsomar Gomes e Luciano Lobão.  

Foi um evento pioneiro no estado do Maranhão de inciativa do HU-UFMA em parceria com a Sociedade Brasileira de Neuroradiologia e apoio da empresa Medtronic, esta última disponibilizou o equipamento para o treinamento realístico. Participaram cerca de 25 pessoas, entre profissionais e acadêmicos que conheceram a técnica de perto, podendo utilizar a simulação que imita o procedimento sendo realizado em uma pessoa de verdade.

O hospital é referência no estado para a realização de angiografias (exame de diagnóstico que permite visualizar melhor o interior dos vasos sanguíneos) e também em embolização de aneurisma cerebral (procedimento cirúrgico minimamente invasivo realizado em sala de hemodinâmica, que consiste em fechar seletivamente a dilatação aneurismática) e já desenvolve a técnica com a equipe de neurointervenção desde 2005.

O neurorradiologista Intervencionista, Wilsomar Gomes explica em que casos ela pode ser indicada “É automático pensar em cirurgia em um paciente que tem um aneurisma cerebral, entretanto, existe essa outra especialidade que pode atuar com uma cirurgia minimamente invasiva. Porque se você é submetido a um tratamento terapêutico que vai ter uma abertura do crânio, o trauma é bem maior do que o de um procedimento feito pela intervenção, realizada por meio de um cateterismo, um simples furo a nível da virilha.”

Ele acrescenta ainda que o tratamento é realizado entre 40 minutos a uma hora. “O paciente recebe alta dentro de três dias no máximo, sem transfusão sanguínea, com menor risco de infecção. O paciente já sai acordado do campo cirúrgico” pontua.

Com o objetivo de aperfeiçoar e divulgar a técnica, Luciano Lobão, também neurointervencionista, destaca que essa é uma ação importante para a formação profissional “O HU-UFMA está sempre na vanguarda do conhecimento e da técnica e por isso prioriza momentos que incentivam o conhecimento. Que seja rotina no hospital esse tipo de treinamento. Essa simulação é muito útil para o desenvolvimento das técnicas de intervenção, possibilitando seu aprimoramento, a troca de experiências e uma vivência da prática que desperta o interesse na área”.

Ele pontua ainda que, na ocasião, foi simulado o tratamento de diversas doenças cerebrais, tais como aneurismas, AVC, mal formações arteriovenosas, onde o uso da terapia endovascular é muito útil no tratamento.

Sobre a Rede Ebserh 

O HU-UFMA faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. 

Vinculadas a universidades federais, essas unidades hospitalares têm características específicas: atendem a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde da região em que estão inseridos. 

Informação: HU-UFMA 

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