segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Dados são da Sondagem Industrial, produzida pela FIEMA e CNI, com empresas instaladas no Estado

SÃO LUÍS – Os dados da Sondagem da Indústria de Transformação e Extrativa do Maranhão, do 3º trimestre de 2021, apontaram queda de 5,2 pontos percentuais no nível de atividade do setor quando comparado o 3º trimestre do ano passado, deixando o indicador abaixo da linha dos 50 pontos. Esse declínio ganha mais expressão se for considerado que, em 2020, a estrutura industrial estava muito mais afetada pela pandemia do coronavírus.  

A pesquisa foi elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no final do ano passado, e considera que valores acima de 50 pontos indicam aumento frente ao mês anterior; valores abaixo de 50 pontos indicam queda; e quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação. 

Segundo o estudo da Federação, no que tange à Utilização da Capacidade Instalada, a indústria de transformação/extrativa marcou 35,8%, no 3º trimestre, praticamente a metade do que foi registado em igual período do ano passado (62%), quando o efetivo para trimestre era 61,0%. O resultado é uma sinalização de retração na produção. 

Segundo os industriais maranhenses, o preço médio dos insumos e matérias-primas seguiu aproximadamente constante, em torno de 75,0 pontos, mas inferior ao do 2º trimestre (82,5 pontos). Com os preços médios dos insumos em alta, houve um recuo natural na produção. “Verificou-se, ademais, uma tendência de crescimento, desde 2020, fato que pode ter corroborado com a insatisfação dos industriais com a situação financeira e a margem de lucro operacional”, destacou a pesquisa. 

Em relação a esses indicadores, a situação financeira, por exemplo, alcançou 40,7 pontos no 3º trimestre/2021, e a margem de lucro caiu para 38,5, ficando, ambos, abaixo da linha de 50 pontos, evidenciando a insatisfação empresarial. Por outro lado, os dados da sondagem trimestral apontam a queixa dos industriais quanto ao acesso ao crédito, que afirmam encontrar dificuldades de obtenção de crédito, realidade comum ao Maranhão (39,6 pontos) e Brasil (40,0 pontos). Em ambos os espaços, o valor do indicador está abaixo da linha dos 50 pontos. 

ACESSO AO CRÉDITO – Questionados sobre as facilidades de acesso ao crédito, os empresários da indústria mostraram sua insatisfação ao atribuírem pontuação abaixo da linha dos 50 pontos, o que se mantém desde o 3º trimestre/2019. De acordo com a sondagem, a instabilidade diz bem da insatisfação dos empresários com o sistema financeiro, principalmente nesses períodos de crise pandêmica e de restrições impostas (e ainda não superadas) aos consumidores. Esta situação pode agravar se os índices inflacionários de agora continuarem em crescimento. 

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS INDÚSTRIAS NO 3º TRIM/21 – Os dados da sondagem trimestral também mostraram que a “Falta ou alto custo dos insumos e matérias” (57,14%) e a “Falta ou alto custo da energia” (42,9%) são os dois principais problemas enfrentados pela indústria de transformação/extrativa do Maranhão, conforme se registrara também no 2º trimestre passado. Esse destaque vem sendo observado em todo o país. A “Elevada carga tributária” (28,6%) e a “Demanda interna insuficiente” (28,6%) foram outros dois fatores destacados neste e no 2º trimestre/2021. A Competição desleal, provocada por produtos piratas, foi igualmente enfatizada como problema para a indústria maranhense. 

Informação: Fiema 

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