quarta-feira, 18 de maio de 2022

Foi aberta, na tarde desta terça-feira, 17, Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, no Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Maranhão, a exposição Flores de Obaluaiê, do artista plástico Miguel Veiga. A mostra é composta por 19 obras (pinturas e esculturas) que retratam a rejeição por conta da orientação sexual, gênero e etnia e fica em cartaz até o dia 1º de julho no Espaço de Artes Ilzé Cordeiro.

Além das obras de Miguel Veiga, o espaço também abriga a exposição Bonecas Vestidas com Elegância, do estilista Beto Silva, e o trabalho de Paulo Ribeiro, da Casa Acolher.

A solenidade de abertura teve a presença do procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau. Também compuseram o dispositivo de honra artista plástico Miguel Veiga, o diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão do MPMA, Carlos Henrique Vieira; a diretora da Escola Superior, Karla Adriana Vieira; a chefe de Gabinete do PGJ, Thereza Muniz de La Iglesia; o vice-reitor da UFMA, Marcos Fábio; a administradora e o curador do Centro Cultural, Dulce Serra e Francisco Colombo.

“Foi um trabalho muito interessante, muito rico, pelo processo de descobertas, pelas informações visuais nas obras e nas etiquetas. E também porque agregamos QR codes com informações adicionais desse universo de sofrimentos e angústias que podem ajudar a desfazer preconceitos”, destacou o curador Francisco Colombo.

O artista plástico Miguel Veiga agradeceu o convite para expor no Centro Cultural no Dia de Combate à LGBTFobia e explicou que a mostra é uma instalação composta por obras que não devem ser apenas apreciadas, pois provocam reflexões profundas.  “A instalação instiga, coloca para pensar. Espero assim colaborar, pois entendo que a obra de arte é uma excelente ferramenta de transformação humana”, ressaltou Miguel Veiga.

A diretora da ESMP, Karla Adriana Farias Vieira, afirmou que a obra de Miguel Veiga aborda rejeição e acolhimento, e que acolher a todos os que precisam é o papel do Ministério Público. “É essa proposta que nós queremos, enquanto Ministério Público, trazer para toda a sociedade maranhense: acolhimento. Queremos que todos possam viver a felicidade de sermos quem somos”, enfatizou.

Para o promotor de justiça Carlos Henrique Vieira, diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão, órgão do MPMA responsável pelo Centro Cultural, a arte é a melhor forma de o Ministério Público chegar ao destinatário dos seus serviços, que é a sociedade em geral. “A arte comunica os direitos sociais, o respeito, a tolerância, os direitos humanos. É a forma mais eficaz, mais rápida e mais bonita de nos comunicarmos com a sociedade, uma ferramenta potente que a administração Eduardo Nicolau não abre mão de utilizar”, analisou.

Após a solenidade de abertura, foi realizado um show com as drags queens Adriane Bombom e Raphaella Kennya, no auditório do Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão.

DIÁLOGOS PLURAIS

Antes da exposição, o Ministério Público do Maranhão, por meio da sua Escola Superior, realizou a 5ª edição do projeto Diálogos Plurais, que abordou o tema Transfobia. O evento ocorreu de forma presencial, com a palestra da psicóloga, mulher trans, Raíssa Mendonça, presidente do Instituto Raíssa Mendonça e diretora da Casa FloreSer, de acolhimento a pessoas LGBT+ em situação de vulnerabilidade.

Também participaram do debate o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, a diretora da ESMP, Karla Adriana Farias Vieira, e o artista plástico Miguel Veiga.

“Hoje não dá mais para ter qualquer tipo de preconceito. Todos têm direito a ter uma vida digna, e isso é o que nós do Ministério Público queremos: mostrar para a população que todos nós somos iguais e que todos merecem respeito”, destacou o procurador-geral, Eduardo Nicolau.  

Informação: MPMA

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