quarta-feira, 8 de junho de 2022


O curso de Oceanografia da Cidade Universitária Dom Delgado, junto ao diretório acadêmico, em parceiras com os laboratórios, professores e discentes, em comemoração ao Dia Mundial dos Oceanos e Oceanógrafos, celebrado no dia 8 de junho, promoveu uma “Exposição sobre os Oceanos”, aberta para toda a comunidade, das 9h às 16h, com acesso livre.

O objetivo é chamar a atenção para a importância dos oceanos na sociedade, seja por meio do conhecimento, da sua biologia, da geologia, da química e da física. “Queremos mostrar que a influência oceânica está mais perto da nossa vida do que a gente imagina, seja na alimentação, nas mudanças climáticas do dia a dia, com tempestades, inundações, e eventos extremos de secas, principalmente aqui no Nordeste, que acabam impactando a nossa vida, a pesca e a poluição dos oceanos”, comentou a coordenadora do curso de Oceanografia, Claudia Klose Parise.

Ela lembrou que a degradação dos oceanos e as atividades antrópicas são as que mais contribuem, atualmente, para a poluição. As influências naturais e a humana impactam diretamente nos oceanos e nas adjacentes que dependem dele, o que pode ser observado, claramente, nos problemas das praias. “Estamos muito felizes de estar recebendo as escolas, tanto crianças como adolescentes. A oceanografia tem o papel de formar os recursos humanos, de levar o conhecimento para a comunidade e população, porque a educação começa em casa e na escola. Estamos abrindo a porta da oceanografia para reforçar a importância desses oceanos para as nossas vidas”, enfatizou.

O diretor do Centro Educacional Recanto do Saber, Ivan Rodrigues, escola localizada no bairro Vila Embratel, comentou a importância de as crianças do primeiro ano conhecerem e aprenderem sobre a preservação dos oceanos. “Tivemos o conhecimento da exposição. Os alunos conheceram e saíram encantados, muito entusiasmados. Aprenderam sobre os oceanos, as características das areias da praia e tudo que compõe essa parte oceanográfica. Foi um conteúdo riquíssimo para os nossos alunos. Queremos agradecer à UFMA essa oportunidade”.

Na exposição, estavam dispostas várias mesas, com assuntos e curiosidades variadas sobre o mundo oceânico e que foram apresentados aos visitantes. A mesa de Oceanografia Química, por exemplo, expôs as análises de estuários, oceanos, águas de rios, análises de nutrientes, entre outras questões. Mostrou ainda que, para preservar o oceano, a sociedade precisa diminuir a quantidade de combustíveis fósseis, evitar jogar lixos que produzem gás carbônico e chorume. “Estamos explicando sobre a acidificação dos oceanos, da responsabilidade que a gente tem em tentar diminui-la, já que prejudica a vida marinha e causa a morte dos habitantes aquáticos. A intenção é conscientizar para reduzir a poluição, mostrando os nutrientes necessários para as algas e os peixes sobreviverem, pois, quando há alteração, eles podem morrer”, alertou Suzyeth Brito, Técnica em Química, do Laboratório de Biogeociclos dos Constituintes Químicos da Água (LabCiclos).

Ao chegar à exposição, é necessário transitar pelo primeiro estande, justamente o que dá início a todo o conhecimento oceânico, o qual abrange as quatros áreas da oceanografia: Química, Física, Biologia e Geologia. Ele foi apresentado pelo estudante do terceiro período de Oceanografia Felipe Martins, que falou das áreas de atuação e como elas interferem na cadeia atrófica, em cada organismo e no monitoramento dos animais aquáticos. “Entre tantos assuntos a explorar, destacamos as microalgas, as quais utilizam a fotossíntese para produzir os alimentos e que são a base da cadeia trófica. Faço também uma apresentação introdutória por meio de gráficos e equipamentos utilizados no curso, além de preparar o visitante sobre os assuntos que verão ao longo da exposição”, explicou.

Também do terceiro período, o estudante Felipe França apresentou o projeto “Cultivo Sustentável de Ostras”, que trabalha de forma sustentável sem retirar as ostras da natureza. Segundo ele, esse projeto já está aplicado nas cidades de Paço do Lumiar, Humberto de Campos e Primeira Cruz. Por meio de uma maquete, Felipe expôs como funciona esse cultivo sustentável.

“Esse projeto foi implementado nas casas de apoio dos pescadores, e conta com o apoio tanto da UFMA quanto da UEMA. Ele visa à sustentabilidade para pararmos de retirar, em excesso, o animal do seu habitat natural, para que não entre em extinção, e minimizarmos os impactos causados pelo ser humano”, afirmou Felipe França.

Ele explicou, ainda, que esse sistema contribuirá para o aumento do consumo de ostras. “Estaremos cultivando-as em balsas que ficarão nas regiões de estuários e rios. Após esse cultivo, nós a retiraremos e deixaremos em um giral suspenso no mar. Por serem animais filtradores, alimentam-se de algas, bactérias, fungos e detritos, não sendo necessário colocar ração ou algum tipo de alimento. Essas balsas artificiais potencializarão o processo de produção das ostras”, detalhou.

Informação: UFMA 

0 comentários:

Postar um comentário