O evento teve como objetivo apresentar os benefícios de integrar a disciplina ainda nos anos iniciais da vida escolar / Leonardo Mendonça
O plenário Simão Estácio da Silveira foi palco na tarde desta quarta-feira, 10, do painel “História Antiga da Ilha de Upaon Açu: Implementação da Lei Municipal 7.565 de 29 de Fevereiro de 2024”. O evento teve como objetivo apresentar os benefícios de integrar a disciplina ainda nos anos iniciais da vida escolar.
Para isso, a Câmara recebeu como convidados Ana Lívia Bonfim Vieira e Marcos Tadeu Nascimento da Silva, professores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), respectivamente.
A professora Ana Lívia destacou em sua participação a importância de desmistificar o conceito de História Antiga. A profissional, que possui estudos na área, frisou que esta parte da história é ampla e contempla diferentes vivências, incluindo-se os fatos ocorridos na ilha durante o período.
“Dentro desse grande recorte de tempo que é a Antiguidade, sempre busquei passar para os meus alunos: Onde nós estamos? Quem somos nós? Onde está o Brasil, a América? Acredito que é absolutamente essencial tratar com a ideia de uma antiguidade ampliada na perspectiva de uma história comparada”, pontuou.
Ambos os docentes acreditam que é necessário desenvolver nos alunos, por meio do ensino de história, o sentimento de pertencimento. Para o professor Marcos Tadeu, por exemplo, a partir do momento em que o estudante se vê na história, muitos problemas da atualidade podem ser minimizados.
Ele citou como exemplo as escavações arqueológicas. Enquanto na Europa elas procuram provar a presença do Estado entre as civilizações, as escavações realizadas em São Luís demonstram como os povos daqui já estavam bastante integrados à natureza, deixando um rastro de arte e cultura, não de guerra.
“É uma grande oportunidade da gente mostrar novas referências de como a gente pode tratar a história do nosso lugar. Quando nos aprofundamos sobre essa Antiguidade, percebemos que é uma referência de história de preservação da natureza que talvez seja fundamental para a preservação da nossa história futura”, avaliou.
O docente finalizou destacando não apenas a importância da promulgação da Lei, mas defendendo a sua aplicação. Nesse sentido, defendeu a necessidade de articulação da Câmara junto às instituições de ensino. Marcos Tadeu foi o responsável por apresentar ao Coletivo Nós (PT) a demanda que culminou na Lei Municipal nº 7.565, de 29 de Fevereiro de 2024. O mandato coletivo também propôs a realização do evento.
Informação: Câmara SLZ
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