segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Um problema que já dura mais de 20 anos sobre o uso dos fios elétricos nas cidades chegou ao momento mais complicado e parece estar longe de uma solução.

Antes, uma dose de contexto: Quando você vê um poste abarrotado de fios, o motivo da desorganização é a falta de uma regra clara sobre como eles são divididos entre as empresas de energia e as de telecomunicação.

  • Hoje, as concessionárias de energia, que levam luz para a sua casa, cuidam da gestão dos postes;
  • Já as empresas de telecomunicação — responsáveis pela sua TV, internet e telefone — pagam para colocar os fios nas instalações.

Eis que surge a guerra dos postes: Esse valor varia muito e não é bem definido, o que é motivo de reclamação há décadas e gera uma receita de R$ 2 bilhões/ano para as companhias de energia.

A solução encontrada foi criar a figura do “posteiro”. Isso nada mais seria do que uma 3ª empresa neutra que gerenciaria os postes e cuidaria da divisão do uso entre energia e telecomunicação.

Não solucionou nada: A Agência de Energia Elétrica não gostou da ideia e cancelou a medida, fazendo todo o impasse voltar à estaca zero e podendo afetar milhões de brasileiros.

Na prática, as suas contas de internet, TV e telefone podem ficar mais caras por mais tempo já que nenhum acordo foi feito e as empresas de telecomunicação vão continuar pagando valores variados para usar os cabos.

Zoom out: Dos 47M de postes no nosso país, 10 mi estão em situação crítica, abarrotados de fios — o que levaria no mínimo 8 anos para resolver. A solução ideal seria enterrá-los, mas isso nem chega a ser considerado pelo alto custo. 🤷‍♂️

Informação: The News

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