A equipe da Superintendência de Economia Verde da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) realizou visita técnica, nesta semana, ao Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) no Pará. O objetivo foi aprofundar os conhecimentos sobre o sistema que é referência na produção sustentável e consorciada de culturas como açaí, cacau, pimenta-do-reino e cupuaçu.
Os resultados dessa prospecção irão subsidiar o projeto Floresta Viva Maranhão, ação estratégica que visa a recuperação de áreas degradadas do estado mantendo a floresta em pé e incentivando a preservação e o manejo sustentável dos recursos.
A superintendente Marlla Arouche explicou que o Safta no Pará busca a integração harmoniosa de espécies agrícolas e florestais, promovendo a recuperação do solo e maior biodiversidade.
“Os Saftas são todos orgânicos usando pouquíssimos ou quase nada de produtos químicos no processo, eles tentam usar os recursos oferecidos pela floresta e usam as tecnologias milenares trazidas pelos imigrantes japoneses para ter uma produção orgânica e sustentável”, informou Marlla Arouche. Durante a visita, diversas propriedades rurais foram visitadas. A equipe teve acesso aos sistemas de produção e às formas de plantio e manejo da terra.
No Maranhão o programa Floresta Viva já é uma realidade na cidade de São Bento, onde recentemente foi inaugurado o maior viveiro público do Brasil com capacidade anual de 1 milhão de mudas, produção sustentável e 100 famílias beneficiadas. O programa também foi expandido para o município de Anajatuba.
Em São Bento, a espécie escolhida para o viveiro de mudas foi a juçara ou açaí, fruto nativo com grande potencial para fortalecimento da cadeia produtiva na Amazônia Maranhense. Em Anajatuba, a implantação de mais um viveiro vai oferecer alternativas de renda para as comunidades locais e fomentar a preservação e o desenvolvimento sustentável.
Tomé-Açu no Pará destaca-se como polo nacional neste tipo de sistema agroflorestal, especialmente através da atuação da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), que é pioneira na disseminação desse sistema agroecológico beneficiando muitas famílias que hoje vivem unicamente da produção dos seus sistemas agroflorestais.
Informação: Sema MA
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