segunda-feira, 6 de abril de 2015
Trata-se da compilação de mais de 100 poesias reunidas do poeta
José Coriolano de Sousa Lima (1829 - 1869). Todas as poesias de altíssimo valor
literário, estético e lírico; encontram-se,hoje, presentes na obra 108 Poesias de José Coriolano de
Souza Lima de 360
páginas, com o selo da Editora Multifoco,do Rio de Janeiro.Ela será lançada no
Centro de Criatividade Odylo Costa, filho - Reviver São Luís/MA, no dia 30 de
abril de 2015 (Quinta-feira) às 18 horas.
O autor J. Coriolano, teve sua vida intrinsecamente ligada à São
Luís e ao Maranhão. Quando jovem, estudou humanidades em São Luís com vistas a
ingressar na Faculdade de Direito em Recife. Visitou São Luís várias vezes
elaborando muitas de suas poesias, dentre elas “Mudanças”. Foi Juiz Municipal
em Codó e Juiz de Direito em Pastos Bons, onde fez as poesias “Nênia” e “Por
que será”. Seu único livro Impressões
e Gemidosfoi confeccionado, postumamente, numa gráfica de São Luísno ano de
1870. Recebeu grande influência do fenômeno Atenas Brasileira, notadamente se
inspirando emOdorico Mendes e Gonçalves Dias a quem dedicou o poema “O Rei”.
Organizada por Saulo Barreto Lima, descendente do poeta, ao
concretizar a obra, ressalta que chegar ao resultado final foi uma peregrinação
e tanto. “Custear a publicação
de um livro é muito oneroso no Brasil, sem contar o déficit de leitura e o não
retorno e não valorização da cultura em geral. Graças ao ativismo cultural do
editor Frodo Oliveira e da Editora Multifico, conseguimos colocar a
disponibilização do grande público a obra desse grande poeta esquecido.”
Coriolano, despontou numa época onde o Romantismo demarcava
território no campo literário brasileiro. Mesmo sendo comparável como nomes de
Juvenal Galeno, Gonçalves Dias, Gregório de Matos, etc. não teve publicações em
vida, nem foi reconhecido como tal. Hoje, muitos literatos reconhecem que sua
obra, pois ela mescla o universal e o regional, podendo ser lido em qualquer
tempo e lugar do mundo. Cantou em seus versos a natureza, as angústias, seu
grande amor, Deus e sua terra que tanto amava, Crateús. Além disso, o vate tem
o prestígio de pertencer à mesma árvore genealógica de outro vulto literário
cearense, Gerardo Mello Mourão, além também, de ser reconhecido no Estado do
Piauí, como um dos fundadores de sua literatura e “Príncipe dos Poetas” naquele
estado.
Observa, o Organizador que o projeto só foi possível por conta
do empenho do trineto do poeta, Ivens Roberto de Araújo Mourão. “A obra é toda dedicada a Ivens. É
ele o sucessor e detentor do legado de Coriolano. É Ivens que detém as maiores
informações sobre o poeta e vem resgatando de maneira muito competente seu
legado. Eu só viabilizei a publicação, mas o responsável pelo resgate,
compilação, digitalização e comentários são todas creditadas a Ivens Mourão.
Desde a primeira até a última letra é dedicada a Ivens. A Ivens meu muito obrigado!”
O Organizador, ressalta ainda que, por parte dele, esse projeto
não terá fins lucrativos, pois toda a renda servirá como retroalimentação de
novas publicações. Quanto mais adquirirem a obra, mais ele será publicado.
Assim sendo, caso algum “mecenas” se sensibilize e queira fazer parte desse
projeto basta adquirir o maior número de obras possíveis, e distribuir para
bibliotecas públicas, comunitárias, amigos, etc., haja vista que a sua reedição
dependerá da demanda, e seguirá a lógica do mercado.
Resumo
biográfico do poeta:
Nasceu
na antiga Vila Príncipe Imperial, atual cidade de Crateús no Ceará. Foi
político, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, sendo
Deputado Provincial por duas legislaturas. Foi, também, Promotor Público em
Piracuruca/PI, Juiz de Direito em Pastos Bons/MA e jornalista, tendo suas
produções veiculadas na imprensa das capitais Recife/PE e Teresina/PI. É
patrono da cadeira Nº 8 da Academia Piauiense de Letras (APL). Poeta, criador
de mais de 250 poesias de altíssimo valor estético, lírico e literário. Autor
das obras O Touro Fusco e Impressões e Gemidos.
Fundador-patrono da literatura piauiense, é considerado “Príncipe dos Poetas”
naquele estado. Na Faculdade de Direito de Recife/PE, inspirou e foi inspirado
pelo amigo baiano e poeta antiescravagista Castro Alves. Seus restos mortais
jazem juntamente com os da sua amada Maria Cisalpina Correia Lima em urna
funerária da Igreja Matriz de Crateús nos confins do Sertão do Ceará.Resumo
biográfico do poeta:
Nasceu
na antiga Vila Príncipe Imperial, atual cidade de Crateús no Ceará. Foi
político, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, sendo
Deputado Provincial por duas legislaturas. Foi, também, Promotor Público em
Piracuruca/PI, Juiz de Direito em Pastos Bons/MA e jornalista, tendo suas
produções veiculadas na imprensa das capitais Recife/PE e Teresina/PI. É
patrono da cadeira Nº 8 da Academia Piauiense de Letras (APL). Poeta, criador
de mais de 250 poesias de altíssimo valor estético, lírico e literário. Autor
das obras O Touro Fusco e Impressões e Gemidos.
Fundador-patrono da literatura piauiense, é considerado “Príncipe dos Poetas”
naquele estado. Na Faculdade de Direito de Recife/PE, inspirou e foi inspirado
pelo amigo baiano e poeta antiescravagista Castro Alves. Seus restos mortais
jazem juntamente com os da sua amada Maria Cisalpina Correia Lima em urna
funerária da Igreja Matriz de Crateús nos confins do Sertão do Ceará.
Início do poema indigenista “O Canto do Cacique”
Sou índio, sou forte; se a lida me chama,
Sou
raio, corisco, só temo a Tupá:
No
campo juncado de imigos ferozes
Se movo
o tacape, mil mortos são já!
Os ares
demandoco’a frecha empenada,
Que voa
infalível à presa onde está;
A onça
sedenta, que espuma raivosa,
Se
vi-a, mandei-a de mim a Anhangá.
Sou
bravo e cordato; se a paz se concerta,
Quem é
tão cordato como eu? – quem será?
Na paz
sou cordeiro, - sou tigre na guerra,
Sou
raio, corisco; só temo a Tupá.
Domino
estas matas espessas, sombrias,
Que
estão sob a mira do grande Tupá;
Que há
poderoso como eu nestas serras,
Que
tudo que vejo sujeito me está?
No doce
remanso da taba querida
Mil
filhas donzelas que adora Tupá.
Dos
olhos quebrados me lançam mil setas
Mas uma
somente no peito me dá.
(...)
Fonte: Blog Babaçu News
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