terça-feira, 12 de maio de 2015
Quem está doente precisa de cuidados médicos, mas isso não significa o trabalho exclusivo dos doutores em medicina. Para ajudar os médicos a cuidar dos enfermos, uma outra categoria profissional tem um papel decisivo: a dos enfermeiros, que têm no dia 12 de maio o dia internacional que comemora sua profissão. Para a oncologia, a data é celebrada de forma especial, uma vez que o profissional está mais presente no cotidiano dos pacientes com diagnóstico de câncer e de seus familiares, vivenciando situações difíceis diante da instabilidade do quadro clínico do paciente.

De acordo com a enfermeira do Centro de Oncologia Médica, Inez Queiroga, a atuação da equipe de enfermagem é realizada da forma mais próxima possível do paciente, garantindo segurança para o mesmo. “Depois que temos a autorização e confiança dele, iniciamos os nossos procedimentos técnicos, com checagem das prescrições, manipulação e administração de medicamentos e acompanhamento de possíveis reações imediatas ou tardias”, destacou.

O enfermeiro, por ser o profissional com mais contato com o paciente, muitas vezes acaba criando laços de confiança, e dessa forma, consegue entrar no mundo de cada paciente, conhecendo a sua família, a sua rotina, o seu passado, os seus medos, e sonhos. “Nosso papel é entender que por trás do paciente existe um ser humano, com uma vida interrompida por causa de um tratamento, que ele não sabe se funcionará”, ressaltou a enfermeira.

Os enfermeiros em oncologia desempenham papel de relevância singular, preenchendo necessidades técnicas, físicas, psicossociais e educacionais do paciente acometido pelo câncer e sua família. O foco dos cuidados desses profissionais é reduzir o impacto da doença sobre paciente e família, e também salientar o cuidado com os diversos efeitos colaterais provocados pelas várias modalidades de terapia.

Inez acredita que o maior desafio da enfermagem em oncologia seja conseguir cada vez mais a humanização para dar conforto ao paciente, o envolvimento emocional. “Esse é o maior obstáculo para que a área da oncologia tenha mais profissionais de enfermagem, e por isso, hoje, a maioria dos profissionais acaba sendo inserida nesse campo devido à necessidade dos hospitais e clínicas”, afirmou. “Mas as perspectivas são muito boas, pois as faculdades estão começando a inserir a oncologia na graduação da enfermagem, fazendo com que os futuros profissionais tenham acesso desde cedo ao tema, e com isso, possam se apaixonar pela área, como muitos já estão”, completou. 

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