terça-feira, 6 de junho de 2017
Mais um passo à frente para a estruturação da Unidade de Pesquisa e Transferência de Tecnologia – UMIPTT em Balsas-MA. No último dia 25, representantes da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA e do Instituto Federal do Maranhão – IFMA, parceiros iniciais da Embrapa Cocais nessa iniciativa, compareceram à Unidade da Embrapa em São Luís saber mais detalhes sobre esse arranjo institucional a ser implantado no Centro-sul do Maranhão.

Segundo explicou o analista do Departamento de Transferência de Tecnologia – DTT, Apes Perera, a UMIPTT é uma união de esforços entre Embrapa e parceiros para o desenvolvimento regional sustentável de determinada região, uma aliança estratégica para o fortalecimento de arranjos produtivos locais e a delimitação territorial, de recursos humanos, financeiros e infraestrutura. “Esse arranjo em rede promove a atuação da Embrapa e parceiros onde não estão presentes pela distância, sendo a Embrapa articuladora do processo. A demanda, a iniciativa vem da articulação da sociedade local interessada e suas instituições regionais. A decisão final pela criação ou não da UMIPTT é da Diretoria da Embrapa”.

Ainda segundo informações do DTT da Embrapa, o acordo de parceria para a estruturação da UMIPTT é de simples cooperação, no qual cada uma das instituições envolvidas diz o que tem condições de aportar, tendo o tamanho que a demanda exigir. “Como em todo acordo, cada um leva o que aportou. A gestão é feita por projeto, sendo a entidade máxima o Comitê de Gestão Estratégica, formado por um membro de cada instituição parceira. O Regimento Interno, a ser criado, regerá as demais regras”, complementou Apes.

Durante a reunião, a chefe-geral da Embrapa Cocais, Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, disse que as áreas de interesse da parceria, segundo prospecção de pesquisadores da Embrapa às quais os parceiros podem e devem opinar a qualquer momento, deverá abarcar estudos voltados tanto para o agronegócio como para a agricultura familiar. “Além da soja, que é o principal produto agrícola local, há potencial de crescimento para o cultivo de milho (especialmente o safrinha) e algodão e desafios para a produção de arroz de terras altas, feijão-caupi e mandioca. Há, ainda, outras necessidades, como de boas práticas de manejo, de zoneamento/inteligência territorial e certificação ambiental, informações sobre risco climático, entre outras”.

Nessa articulação da Embrapa, os parceiros iniciais serão IFMA e Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, com os quais já há parcerias consolidadas. Posteriormente, serão recebidas adesões de outras instituições. Posteriormente, novos parceiros poderão ser agregados.

O próximo passo rumo à criação da UMIPTT é a manifestação oficial da UEMA e do IFMA à Presidência da Embrapa. Em havendo resposta positiva, começa a tramitação da minuta do acordo de cooperação.

Avaliação dos parceiros - Para o professor da UEMA Marcelo Cheche, a UMIPTT é um mecanismo novo de grande interesse para a Universidade pelo seu campo de atuação: pesquisa e transferência de tecnologia. “Temos total interesse nessa cooperação, em inclusive disponibilizar nosso campus em Balsas, bem como nossa estrutura do Curso de Agronomia e do Mestrado em Agricultura e Meio Ambiente. Creio que será um ganho de peso para a região Centro-sul do estado do Maranhão”.

O diretor de Inovação do IFMA, Rafael Mendonça, também ressaltou ser a proposta interessante e oportuna. “Temos muitos campi avançados na região, cujo pessoal poderá ser cedido para a parceria. Visualizamos ser essa uma ação ligada à inovação, e, obviamente, queremos estar em envolvidos em ações dessa natureza tipo. Estamos confiantes no sucesso da empreitada”.

Saiba mais informações sobre as parcerias com a UEMA e o IFMA.

Mais sobre UMIPTT - Modelagem inovadora de arranjo territorial em rede com atuação em pesquisa e transferência de tecnologia que amplia e fortalece a capacidade de atuação regional da Embrapa. Esse compartilhamento pode ocorrer tanto nas dependências da Embrapa, recebendo os parceiros externos de outras Instituições, como nas dependências de outras instituições, recebendo pesquisadores da Embrapa, ampliando a capacidade de a Empresa desenvolver novas tecnologia e soluções. O objetivo é viabilizar soluções de pesquisa, aporte tecnológico e organização da produção, visando o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e bem-estar às famílias dos agricultores - especialmente os familiares -, indígenas, pescadores, comunidades remanescentes de quilombos e extrativistas da região.

Atualmente existem dois desses arranjos em funcionamento na Embrapa. Uma é a Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas - UMiP GenClima, fruto de parceria entre a Embrapa e a Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. A meta da Unidade, em médio prazo, é desenvolver tecnologias genéticas proprietárias que permitam a criação de variedades de milho (a espécie-modelo adotada pela UMiP GenClima) com maior tolerância a seca e a altas temperaturas. A outra é a UMIPTT, fruto de acordo de cooperação técnica entre a Embrapa, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR e o Instituto Agronômico do Paraná - Iapar. A expectativa é que a nova Unidade Mista beneficie 42 municípios do Sudoeste do Paraná com desenvolvimento econômico e social para a agricultura familiar, além de promover o fortalecimento da bacia leiteira, da produção de frutas e hortaliças e da agregação de valor por meio de agroindústrias.

Fonte: Embrapa

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