sexta-feira, 19 de maio de 2017
BRASÍLIA - O ministro da Cultura e presidente do PPS, Roberto Freire, pediu demissão. Ele entregará uma carta ao presidente Michel Temer no fim da tarde desta quinta-feira. Mais cedo, Freire havia defendido eleições indiretas caso o governo não tivesse "condições de governar".

— Quem tem que decidir é o Congresso. Se o governo não tiver condições de governar, tem que entregar ao Congresso. É o que diz a Constituição Federal — declarou ao GLOBO Roberto Freire.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou em nota que permanece no cargo. Ao longo do dia, houve notícias não confirmadas sobre a saída dele, diante das denúncias que atingiram o presidente Michel Temer. No entanto, Jungmann informou por meio da assessoria de imprensa que continua à frente das Forças Armadas.

Freire havia dito também que as denúncias a Temer são "graves" e pediu uma "solução o mais rápido possível". Se saísse, disse o chefe da Cultura, isso seria feito com "tranquilidade".

— Temos de ter cuidado para não pensar só em nós e esquecer o país. Não podemos fazer o que nos dá na telha. Mas se for necessário, saímos (ele e Jungmann) com a maior tranquilidade — completou.

Segundo um cacique do PPS, Raul Jungmann (Defesa) também estava decidido a deixar o cargo se Temer não renunciasse. Outro partido que anunciou que romperia com o governo caso Temer não renunciasse foi o PSB. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que seria convocada uma reunião emergencial da executiva do partido para sexta-feira para discutir o rompimento. Segundo Delgado, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai orientar que quem quiser defender o presidente Michel Temer terá de sair do partido. Segundo o deputado, a legenda já está na oposição.

Interlocutores do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), afirmam que o tucano também decidiu se antecipar à decisão do partido e pedir demissão.

Fonte: Extra-Globo


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