sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
O Museu do Reggae Maranhão está localizado no Centro Histórico de São Luís.



Foi inaugurado, na noite de quinta-feira (18), o primeiro museu temático de reggae fora do Caribe, no Centro Histórico de São Luís, conhecida como a Jamaica Brasileira, já que a cidade é considerada o maior polo de cultura reggae fora da Jamaica. A nova casa de cultura é a realização de um sonho antigo dos regueiros, através da iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur).

O Museu do Reggae Maranhão tem como objetivo materializar as memórias do ritmo jamaicano que conquistou o estado. Além do apelo cultural, o museu também terá uma forte atuação na atração de turistas. "Muitos turistas que visitam o Maranhão procuram o reggae. Então, estamos oferecendo um museu moderno, que traduz um pouco da história do reggae no mundo. Garanto que estamos com o museu mais moderno de reggae no mundo", disse o secretário de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), Diego Galdino, em entrevista ao jornal Cazumbá.

Pesquisador deste estilo musical e diretor e curador do Museu do Reggae Maranhão, Ademar Danilo comemora a iniciativa. "Eu como amante do reggae estou em estado de graça por poder contribuir para a celebração dessa cultura do reggae. O Museu do Reggae Maranhão vem para reconhecer o reggae como elemento cultural da nossa terra, como uma das coisas que ajuda a formar a maneira de ser do maranhense na cultura contemporânea, principalmente na maneira de fala, de vestir e, em especial, na maneira de dançar. Nós inventamos uma maneira única de dançar o reggae agarradinho".

Na inauguração houve a radiola FM Natty Naifson, como os DJs Neturbo, Maestro Jaílder, Carlinhos Tijolada, Roberthanko e outros, além de shows com Célia Sampaio, Oberdan Oliveira (Nonato e Seu Conjunto), Tadeu de Obatalá ( Banda Guetos), Mano Borges & Celso Reis, Garcia (banda Reprise).

Após o descerramento da placa de inauguração, o público conheceu os cinco ambientes do Museu do Reggae Maranhão. Um dos ambientes é a sala dos Imortais, destinado aos grandes nomes do reggae maranhense que já morreram. Os outros quatro espaços prestam homenagem aos tradicionais clubes de reggae da cidade: Clube Pop Som, Clube Toque de Amor, Clube União do BF e Clube Espaço Aberto.

O ambiente conta com relíquias do reggae, como é o caso de uma guitarra da banda maranhense Tribo de Jah, instrumento que acompanhou a banda por mais de 20 países e fez parte da história do grupo, além de ter sido usada nas primeiras gravações de suas canções e em grandes shows nacionais e internacionais.

Outra joia que poderá ser encontrada no Museu do Reggae Maranhão, é a radiola “Voz de Ouro Canarinho”, de Edmilson Tomé da Costa, conhecido como Serralheiro, um dos pioneiros do reggae no Maranhão, e disseminador do gênero musical nos anos 1970.

O público poderá ter contato com discos raros, vídeos e fotos históricas, moda Reggae ao longo do tempo, além de depoimentos gravados com personagens da cena reggae, livros, artigos, teses e dissertações compõem o acervo imaterial e digitalizado do museu.

O Museu do Reggae Maranhão permitirá que seus frequentadores sejam transportados para uma festa em um clube de reggae em um de seus ambientes, além de despertar a paixão pelo ritmo que denomina São Luís como a Jamaica brasileira, já que a cidade é considerada o maior polo de cultura reggae fora da Jamaica.

Serviço:

O quê: Museu do Reggae do Maranhão;
Onde: Rua da Estrela, Centro Histórico de São Luís;
Funcionamento: terça-feira a domingo, das 10h às 20h.

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