sexta-feira, 18 de maio de 2018
O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) apresentou à tribuna da Assembleia Legislativa um Projeto de Lei que institui 23 de abril como o Dia Estadual do Choro a ser celebrado anualmente.  Segundo ele, o Choro sempre foi presença cativa na cultura maranhense, tanto como influência na música como informação, base instrumental e estrutura mesmo das crias de nossos melhores compositores.

Neste sentido, o socialista destacou a presença do choro nas obras de Chico Maranhão, Cesar Teixeira, Joãozinho Ribeiro, Antônio Vieira, Lopes Bogéa, Cristóvão Alô Brasil, Chico Saldanha, Josias Sobrinho, Chico Canhoto, Chico Nô, Zeca Baleiro, entre muitos outros. É o caso da letra de Flor Amorosa (a música é de Joaquim Antônio Callado), considerada oficialmente o primeiro Choro da História, é um maranhense: Catulo da Paixão Cearense.

Na Lei, Bira afirmou que cidades da Baixada como Viana, Cajari, Penalva, São Bento e Bequimão, entre outras, são celeiros tradicionais de grandes chorões, sendo incontestável a forte tradição musical e chorísta dessas praças maranhenses. Regionais de choro, bandas de sopro, instrumentistas virtuoses, escolas de música, dentre outras manifestações chorístas.

“Importante destacar a longevidade do Regional Tira Teima, que por mais de quatro décadas defende a bandeira do Choro, sendo uma espécie de esteio de resistência chorística em terras maranhenses; ressalta-se ainda, o trabalho do grupo Instrumental Pixinguinha, ligado à Escola de Música do Maranhão, que promoveu a gravação do CD Choros Maranhenses, privilegiando nossos compositores, sendo uma manifestação inequívoca da força e da beleza do choro no Maranhão”, frisou.

Francisco de Assis Carvalho da Silva, o Six, cavaquinista e chorão maranhense, um dos fundadores do Clube do Choro de Brasília também foi lembrado. Conhecido em todo o Brasil, em vida foi um dos maiores articuladores e divulgadores do gênero não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo. Assim como outros dois choristas maranhenses, os violonistas João Pedro Borges e Joaquim Santos, no capítulo mais revolucionário da história recente do choro nacional, que foi a Camerata Carioca, influenciada por Radamés Gnattali, que mudou a postura dos chorões ante as possibilidades amplas do choro.

“O Choro como movimentação instrumental tem sido uma manifestação musical que ocupa os palcos e microfones da Ilha todos os dias, todas as semanas, todos os meses do ano, inclusive por uma nova geração de chorões que se articula com os chorões mais antigos enriquecendo ainda mais a atual cena Choro maranhense. Frente a tal força cultural e representatividade estadual, nada mais acertado que instituir o dia estadual do choro, a ser celebrado anualmente no dia 23 de abril”, defendeu.

Recentemente, em reunião com o secretário da Cultura, Diego Galdino, Bira, acompanhando de representantes do clube do Choro no Maranhão, mediou uma casa para ser a sede do Clube do Choro.

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