sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Outros três alunos do Instituto também receberam comendas – duas medalhas de bronze e um certificado de honra ao mérito


O estudante Robson Luan do Nascimento Sousa, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), comemora ainda sem acreditar na conquista de uma medalha de ouro na Asia International Mathematical Olympiad (AIMO), olimpíada internacional de Matemática que neste ano aconteceu Bangkok, capital da Tailândia, de 3 a 7 de agosto. Ele e outros três colegas do IFMA Campus Santa Inês, que trouxeram para o Brasil mais duas medalhas de bronze e um certificado de honra ao mérito, participaram da competição e foram recebidos com festa ao voltar para casa nesta quinta-feira (9).

A equipe do campus foi composta, além de Robson, por Joebson Nunes Trindade e Fabio Santos de Oliveira Filho, que conquistaram bronze, e Bruno Carvalho da Silva, que recebeu certificado de honra ao mérito. Já a delegação brasileira na Tailândia foi formada por 225 estudantes, 19 deles de instituições de ensino maranhenses – além dos quatro alunos do IFMA, houve outros 15 do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA).

No total, os brasileiros receberam 113 medalhas – três de ouro, 24 de prata e 86 de bronze –, com destaque para os alunos dos Institutos Federais, que conquistaram 29 medalhas, entre elas, as únicas três de ouro recebidas pelo Brasil – o Colégio Pedro II (RJ) recebeu duas dessas medalhas. “Acho que essas conquistas representam o potencial do Brasil para as olimpíadas de ciências e para a Matemática”, disse Robson Luan.

Na viagem de retorno para Santa Inês, os quatro alunos do IFMA ainda buscavam compreender o sucesso da participação na disputa. Ao chegar na cidade em que moram, eles ficaram surpresos com o tamanho da recepção preparada pelos familiares, professores da escola, amigos e moradores de Santa Inês. A comemoração teve a participação da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Prefeitura de Santa Inês, Secretária de Educação do município e alunos de outros colégios da cidade. Para os garotos do IFMA, foi uma satisfação serem recebidos com tamanha acolhida.

Robson Luan, que faz o curso Técnico em Eletroeletrônica no IFMA, ganhou a medalha de outro entre os alunos de 2º ano do ensino médio de todo o mundo. Ele foi selecionado para a olimpíada na Tailândia com base em sua participação nas olimpíadas anteriores. Participou da AIMO 2017, na Malásia, mas não chegou a conquistar medalhas. Havia participado também da Olimpíada Canguru de Matemática 2017, na qual ganhou medalha de bronze. O resultado serviu de motivação e experiência.

“Antigamente, não tinha sentido a Matemática, isso antes do IFMA. Pós IFMA, participo de todas olimpíadas por nosso campus e venho conquistando boas colocações. Este ano ainda fui classificado para a segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Física 2018, a ser realizada no dia 18 deste mês. O que vejo depois disso é que, mesmo com dificuldades, estudar dar futuro”, declarou Robson Luan.


Joebson Nunes, do curso Técnico em Edificações no Campus Santa Inês, explicou que, assim como Robson Luan, foi selecionado para ir à Tailândia pelo desempenho em outras competições, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). A medalha de bronze na AIMO Até o momento, ele não havia conquistado medalhas. “Essa conquista representa muito esforço, luta, estudo e muita alegria”, afirmou. Ele destacou ainda que Matemática é sua matéria preferida. “Todos podem chegar onde chegamos, e ir até mais longe, mas com muito esforço”, comentou.

Já Fabio Santos de Oliveira Filho, do curso Técnico em Edificações, afirmou ter ficado animado e surpreso com a conquista de uma medalha na competição. Ele conseguiu sua vaga por meio da boa colocação na Olimpíada Canguru de Matemática (1º lugar) e porque um colega já classificado para a AIMO acabou desistindo por motivo pessoal. Então o professor de matemática, Francisco de Paiva Pessoa Junior, o convocou. “Nunca tinha participado de uma competição internacional. Agora em 2018, primeiro ano e primeira medalha”, disse. Ele acredita que a ida à Tailândia foi resultado de “muito esforço nos estudos e no final, valeu a pena conquistando a medalha”. Ele explicou ainda que matemática é sua matéria preferida desde pequeno. “Para quem não gosta, vale a pena estudar que no futuro, com os esforços, não só na matemática, mas em qualquer outra área, você consegue”, aconselhou.

O estudante Bruno Carvalho da Silva, do 3º ano do Curso Técnico em Eletroeletrônica, recebeu honra ao mérito e agradeceu a oportunidade de ter integrado a delegação. Foi a primeira olimpíada internacional da qual participou. “Nossa ida representa um grande marco, no sentido de alunos do interior do Maranhão conquistar esse mérito. A matemática é meu grande amor e adoro a área das exatas”, comentou.

Os pais dos estudantes demonstraram a satisfação com a conquista dos filhos. Francisco Eldo de Sousa, pai de Robson Luan, destacou a persistência do filho para alcançar a medalha de ouro. “Essa é a segunda vez que meu filho participa de uma Olimpíada dessa dimensão. O que posso falar sobre a participação é que foi uma experiência que ele adquiriu de uma importância grandiosa para um futuro acadêmico e profissional de sucesso. Essa conquista representa uma vitória da persistência e da dedicação aos estudos, que ainda é o melhor caminho para um futuro brilhante. Daí, um ano depois, ele voltou para as Olimpíadas e trouxe seu merecido ouro. Ele não desistiu, ao invés disso, ele se dedicou ainda mais e nos enche de orgulho por essa grandiosa conquista”, disse.

O pai de Bruno Carvalho, Raimundo Antero da Silva Neto, comemorou o desempenho do seu filho e seus colegas. "Foi de grande importância para meu filho, serviu como experiência, conheceu novas pessoas, novo país e o principal, foi atrás do conhecimento educacional. Ele e os outros alunos estão de parabéns!".

O professor que acompanhou os alunos nesta competição, Emanuel Cleyton Macedo Lemos, enfatizou a importância da experiência para motivar os estudantes e descobrir talentos para a matemática.  “É outro tipo de realidade, de prova, de nível e de conquista. O sucesso na competição ajuda a motivar outros alunos da nossa instituição e de outras escolas a estudar e chegar ao êxito”.

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