domingo, 14 de outubro de 2018
Em parceria com o Sindicato dos Bares e Restaurantes de São Luís, gestão do prefeito Edivaldo visa capacitar os profissionais para prestarem primeiros atendimentos especialmente em casos de engasgos


A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), deu início semana passada ao programa 'Samu Bares e Restaurantes', uma parceria com o Sindicato dos Bares e Restaurante de São Luís (Sindibares). A ação consiste no treinamento em primeiros socorros para profissionais que atuam no setor. O objetivo da ação é orientar, por meio de treinamentos práticos, profissionais que atuam nestes estabelecimentos comerciais a respeito de primeiros socorros e atendimento pré-Hospitalar (APH), parada respiratória e cardiorrespiratória, obstrução de vias aéreas por corpo estranho, crises convulsivas, queimaduras, entre outras situações.

O treinamento orienta ainda como agir e acionar o socorro especializado. Ao final de cada capacitação, participantes e empresas receberão, respectivamente, botons "Amigo da Vida" e selo "Empresa Amiga da Vida". Com o treinamento, os profissionais de bares e restaurantes poderão saber quando e porque acionar o Samu. A capacitação faz parte do investimento que a gestão do prefeito Edivaldo tem feito no Samu com o objetivo de diminuir cada vez mais o tempo resposta do atendimento à população.

"Esse programa foi concebido a partir da constatação de que os profissionais de bares e restaurantes não sabem como agir em certas situações de urgência e emergência; por isso, estamos ministrando esse treinamento com orientações básicas que eles podem seguir até chegar o socorro especializado. Isso pode fazer uma grande diferença e salvar uma vida", pontua o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho.

O treinamento ministrado pelo Núcleo de Educação em Urgência (NEU), do Samu, foi iniciado com profissionais do restaurante China em Box, no Renascença. Para participar do programa, o estabelecimento realizou antecipadamente inscrição no portal do Sindbares. Pelo menos 20 profissionais participaram desta primeira atividade. A ideia é estender o treinamento ao universo de associados do sindicato.

A diretora do Samu, Priscila Barros explica a necessidade do treinamento. "O programa Samu Bares e Restaurantes surgiu da necessidade de compartilhar conhecimento com profissionais que poderão iniciar o atendimento nos casos de Obstrução de Via Área por Corpo Estranho (OVACE), mais conhecido como engasgo, onde aprenderão manobras de desengasgos, a fim de evitar um agravamento com risco de morte", explica.

Cozinheiros, atendentes, entregadores receberam orientação de primeiros atendimentos em urgência e pré-hospitalar em casos de parada respiratória, cardiorrespiratória e de obstrução das vias aéreas, queimaduras e crises convulsivas.

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS

O coordenador do NEU, Gilzep Leite da Silva, acompanhado da equipe de instrutores e monitores do Samu, na implantação do programa repassou orientações sobre práticas de primeiros socorros. Segundo Gilzep Leite, há casos comuns registrados em ambientes do setor de alimentação. "O treinamento é essencialmente prático. Repassamos aos participantes um pequeno manual com informações sobre os casos", informa Gilzep Leite.

Cada treinamento tem duração entre duas e três horas. A ideia é desmistificar o receio de reconhecer e proceder com os primeiros atendimentos antes da chegada do Samu. Por telefone, os técnicos da Samu costumam repassar sobre procedimentos de atendimento a clientes. O treinamento serve para reforçar essas orientações.

Os treinados recebem um boton identificador e material teórico sobre os casos mais corriqueiros de primeiros socorros. A empresa recebe selo de participação expedido pela Semus. Embora não tenha notificação elevada, os casos de engasgos são comuns nos registros do Samu.

"Os funcionários se interessaram em obter um pouco de conhecimento e como proceder com pré-atendimento até a chegada de uma ambulância. Isso pode salvar vidas", explica o empresário Angelo Lima, proprietário do China em Box com atuação no setor há quase três décadas.

Para funcionária Raisse Celestino, 24, o treinamento veio em bom momento para sua formação profissional. "Além de ter conhecimento sobre como proceder nestes casos, é interessante para nossa aprendizagem não somente no nosso local de trabalho como no nosso dia a dia", afirma Raísse.

O entregador Felipe de Lima, há mais de seis anos atuando na empresa, considerou o treinamento da maior relevância já que é comum presenciar acidentes em sua atividade. "Já passeio por muitas situações em que não sabia como proceder. Com esse treinamento vou saber como devo fazer para salvar uma vida. Às vezes, por conta de alguns segundos, a pessoal morre", relata o moto entregador.

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