sábado, 23 de março de 2019

Por Henrique Boís

Na véspera de completar um quarto de século, o JP Turismo busca se tornar um veículo com a devida maturidade comprometido em espelhar este momento que o setor desfruta no Maranhão. Seja de prosperidade ou retração, reafirma em cada edição que se sucede seu forte vínculo com a sociedade, sobretudo com seus leitores.

O governador Flávio Dino iniciou seu segundo mandato reconhecendo o turismo como pasta estratégica da administração. Ex-presidente da Embratur, Dino havia fundido turismo e cultura na primeira gestão. Se obteve êxito com a experiência, a retomado é autoexplicativa.

Do lado oficial, os números são de maneira contumaz, extremamente favoráveis, apontando um vertiginoso crescimento e tudo mais que possa dourar a pílula, graças aos esforços agigantados mediante tão pouco investimento. Uma façanha, enfim, um receituário prescrito para todo gestor que pretende se distingue neste cenário mediano que é o Brasil.

Para equilibrar os arroubos oficiais ou mesmo conferir fidelidade, a Universidade Federal do Maranhão revela números obtidos pelo Observatório do Turismo, mais que necessário instrumento de medição do setor, lastreado na imparcialidade que somente a ciência é capaz de ser.


São Luís está entre os 14 cidades que detêm o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade no Brasil reconhecido pela Unesco. O que se espera, é que este título potencialize a cidade como destino turístico não somente nacional, mas até mesmo internacionalmente. Isso não se comprova ainda em número.

Recorrendo aos números em estado bruto, verificaremos que o céu de brigadeiro é um horizonte que devemos buscar tenazmente, encarrando a mais cruel realidade que nos é apresentada pelas tabelas estatística. Vejamos, por exemplo, os números da Infraero.   Do principal ponto de chegada e partida utilizado pelos turistas obtemos os números que melhor traduzem o posicionamento do estado enquanto destino turístico. 

No Aeroporto Cunha Machado, de São Luís, primeiro portão do movimento aéreo do Maranhão, nos dois primeiros meses do ano houve um recuo importante nos números deste quadro estatístico.

Em janeiro, quando se elevam as visitas ao Nordeste, o Cunha Machado recebeu 800 voos; dois destes internacionais. No mês seguinte, fevereiro do Carnaval, houve queda no número de voos domésticos. Foram quase 200 a menos.

Em 1995, quando o JP Turismo iniciou a trajetória como divulgador do setor com angulação cultural, o turismo no estado era mais incipiente que na atualidade.  O que contrasta com os dias de hoje é que o trade no âmbito estadual, mesmo engatinhando, ocupava protagonismo no planejamento das políticas públicas.  Essa com essa realidade que o JP Turismo está comprometido desde sua origem.

Texto: Originalmente publicado no JP turismo/Jornal Pequeno
Fotos: Gilson Ferreira

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