terça-feira, 23 de abril de 2019

O escritor Félix Alberto Lima lança nesta quinta-feira, 25, às 19h, na Livraria AMEI, no São Luís Shopping, seu segundo livro de poemas, Filarmônica para fones de ouvido (Editora 7Letras).

Em 114 páginas, a obra reúne 80 poemas, feito armadilhas encomendadas, subvertem a dinâmica da leitura e encandeiam transeuntes desavisados. São poemas com asas que, embora retidos numa estrutura de capítulos, flanam com liberdade “para além das paredes que ouvem e transpiram”.

De acordo com o escritor e crítico literário Tom Farias, que assina o prefácio, a primeira impressão que se tem com a leitura da obra de Félix Alberto é que estamos diante de um poeta que maneja a poesia como o seu instrumento do poder. “Não há outra forma de eu me expressar para dizer do meu encantamento ao abrir e fechar cada página desse livro que já nasce potente, predizendo um destino que revela muito sobre um autor que, experimentando versos de expressão livre, mantem alta sinestesia, comunica e, ao mesmo tempo, dialoga com a modernidade do sentir e do versejar”, argumenta Farias.

A poesia de Félix Alberto não tem compromisso com a forma, não dá expediente nas repartições de estilo. É livre e, ao mesmo tempo, muito bem cerzida, consistente. Segue, verso por verso, bordejando algaravias e oceanos de águas intranquilas, como “cartas de amor floridas que não saíram dos bordéis”.

Os poemas de Filarmônica para fones de ouvido também enxergam o cheiro dos lírios e com sutileza captam a sonoridade que geme no esconderijo da palavra. São dez livros dentro de um mesmo livro por onde escampam silêncios e a incerta lírica selvagem do autor.

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